Infâncias e feminidades nas ciências pós-pandêmicas: novos modos de re-existência
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e87206Palavras-chave:
Feminidades, Infâncias, Ciências, Educação em CiênciasResumo
Nos dias atuais, é possível nos referirmos a uma desherança (no original espanhol, desherencia) das Ciências, sendo necessário reconhecer que o saber é transmitido como herança de uma geração para àquela que a sucede. O presente trabalho, baseado em abordagens: filosófica, sociológica e cultural da infância, e em argumentos dos movimentos feministas sobre as Ciências, por meio de estilo ensaístico de escrita, se propõe a refletir acerca das contribuições que as infâncias e as feminidades podem dar ao processo de renovação do conhecimento científico e da Educação em Ciências, num momento de crise produzida pela pandemia da COVID-19. Nossa perspectiva é a de que as infâncias e as feminidades inspiram um “devir-ciência”, uma oportunidade de reexistir no mundo pós-pandemia COVID-19, a partir de saberes científicos mais integrativos e de vivências mais intensivas que não sejam militarizadas, excessivamente formais e academicamente esotéricas.
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