"As fadas ignorantes" de Ferzan Ozpetek: palavras, humanos fantasmas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e90878

Palavras-chave:

Cinema, Itália, Comunidade LGBTQIA , Ferzan Özpetek, Literatura, Estrangeiridade

Resumo

Este artigo busca ler o filme Le fate ignoranti, de Ferzan Özpetek (2001), a partir de suas margens. Considerado um dos primeiros filmes de temática LGBTQIA+ produzidos na Itália a ter sucesso de público para além dos especialistas ou da própria comunidade, o filme constitui um intrincado labirinto de referências entre as quais circula Antonia, a personagem que, diante da morte do marido, Massimo, confronta sua própria estrangeiridade na descoberta do outro mundo que ele havia criado a partir de sua relação amorosa com outro homem, Michele, e a família-sem-família em que este vivia no Quartieri Ostiense, em Roma. O texto busca nas entrelinhas do complexo movimento de Antonia para fora de seu mundo maneiras de (des)ler conceitos como verdade, identidade e saber, vendo no filme um movimento na direção do aberto.

Biografia do Autor

George Luiz França, Universidade Federal de Santa Catarina - Colégio de Aplicação

Possui Doutorado em Literatura - Área de Concentração Teoria Literária pela UFSC (2013), Mestrado em Literatura - Área de concentração Teoria Literária pela Universidade Federal de Santa Catarina, Bacharelado em Letras - Língua Portuguesa e Lit. pela Universidade Federal de Santa Catarina (2007) e Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Lit. pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006). Atualmente é Professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do Colégio de Aplicação da UFSC. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura, crítica literária, modernismo, modernidade e poesia.

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Publicado

2022-10-27