Mudanças e persistências na formação para docência em creches e pré-escolas
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2017v19n36p328Abstract
As reflexões trazidas no presente artigo têm como intento se unir ao debate sobre identidade e profissionalidade dos docentes da educação infantil, tendo como pressuposto que embora a Educação Infantil tenha sido reconhecida como parte da educação básica e diretrizes político-pedagógicas já foram elaboradas considerando a especificidade desse nível de ensino, o cotidiano em que tais proposições deveriam ganhar materialidade, em alguns contextos, ainda não reflete estes avanços, em grande medida, porque ainda persistem percepções equivocadas do que é ser professor de crianças pequenas. Dessa forma, são aqui retomadas algumas discussões sobre crenças e valores que foram sendo associados sóciohistoricamente à profissão que se ocupa de educar e cuidar crianças pequenas e que ainda muito interferem no que se entende sobre ser e estar na docência na Educação Infantil; tal esforço se dá no sentido de contribuir para o necessário movimento de reelaboração do imaginário social e reconhecimento desta como atividade profissional qualificada.
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