Shifting gender relations: childhood and candomblé, contributions to education with young children

Authors

  • Ellen Gonzaga Lima Souza Universidade Federal de Lavras
  • Patrício Carneiro Araújo Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira (UNILAB)

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4512.2018v20n37p142

Abstract

The present work aims to present part of the data of the tesis of Souza (2016), entitled "Experiences of childhoods with  production of cultures in Ilê Axé Omo Oxé Ibá Latan", in a dialogue with the feminist studies of Louro (2008), Hooks (2013) and Daves (2016) and the perspective of the decolonial researches of Quijano (2005) and Santos (2010) that break with a Eurocentric, binary and Cartesian perspective of gender relations. We emphasize the Yoruba worldview on the question of gender as a quaternary conjunction of principles, whose syntax organizes the categories "aborô", corresponding to the masculine principle; iyabá, to the feminine; "Metá-metá", which circulates simultaneously by the first two, and "laí ibalopô", which stands out and beyond any sexual and gender perspective, but different from the "asexual" category of the Western matrix. However, it has been found that even in a space that subverts the colonized perspective of gender relations in their cosmology, children present practices that bind binary relations that associate the feminine with aspects of submission and reserve the masculine aspects of superiority. As a result, this discourse ends up legitimizing those same characteristics historically attributed to the feminine (delicacy, fragility, inferiority, etc.), as if the masculine was linked to the culture and the feminine to the nature. Considering childhood experiences in Candomblé, with inspiration in the exulic logic described by (Souza, 2016) and the Pedagogia Macunaímica  (Faria, 2002), some possibilities for the construction of decolonizing pedagogies for education with young children are presented.

Author Biographies

Ellen Gonzaga Lima Souza, Universidade Federal de Lavras

Professora Universidade Federal de Lavras. 

Coordenadora Grupo de Pesquisa Laroyê- Culturas Infantis e Pedagogias Descolonizadoras

Patrício Carneiro Araújo, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira (UNILAB)

Professor de Antropologia na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Membro do grupo Laroyê Culturas Infantis e Pedagogias Descolonizadoras

References

ARAUJO, Patrício Carneiro. Entre o terreiro e a escola: lei 10.639/03 e a intolerância religiosa sob o olhar antropológico. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2015.

BALANDIER, Georges. A noção da situação colonial. Cadernos de Campo USP. V. 3 n. 3, p. 107-133, São Paulo, 1993.

BRANDÃO, Gersonice Equede Sinha. Equede: A mãe de todos – Terreiro Casa Branca. Salvador: Barabô, 2015.

BUTLER, Judith. Corpos que pensam sobre os limites discursivos do sexo. In: LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

FARIA, Ana Lúcia Goulart. Pequena infância, educação e gênero: subsídios para um estado da arte. Cadernos Pagu, v. 26, p. 279-287, Campinas, 2006.

FINCO, Daniela. Educação Infantil espaços e de confronto e convívio com as diferenças: análise da interação entre professoras e meninas e meninos que transgridem a fronteira de gênero. Tese (Doutorado em Educação). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

GOBBI, Márcia. Múltiplas linguagens de meninos e meninas na educação infantil. In: ISeminário Nacional Currículo em Movimento Perspectivas Atuais, 2010, Belo

Horizonte. Currículo em Movimento e Perspectivas Atuais. Belo Horizonte: UFMG,

, v. 01.

HAMPATE BÂ, Amadou. Amkollel, o menino fula. Tradução Xina Smith de Vasconcellos. São Paulo: Casa das Áfricas e Pallas Athena, 2003.

______. A tradição viva. In: KI-ZERBO, J. História Geral da África – Metodologia e Pré-História da África. Brasília: UNESCO, 2010.

LEITE, Fábio. A questão ancestral. São Paulo: Palas Athena & Casa das Áfricas, , 2008.

SANTOS; MENESES (orgs). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

SODRÉ, Muniz.O terreiro e a cidade: a forma social Negro-Brasileira. Rio de Janeiro: Vozes,2002.

SOUZA, Ellen de Lima. Experiências de infâncias com produções de culturas no Ilê Axé Omo Oxé Ibá Latam.Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2016.

VERGER, Pierre. Notas sobre o culto aos orixás e voduns na Bahia de todos os santos, no Brasil, e na antiga costa dos escravos, na África. Tradução: Carlos Eugênio Marcondes de Moura. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1999.

______: CARYBÉ, Hector Julio. Lendas Africanas dos Orixás. 4. ed. Salvador: Corrupio, 2011.

Published

2018-05-21