Gender and Alterity: an essay on the film “Mother of George”

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e81323

Keywords:

Mother of George, Gender, Alterity, Tradition

Abstract

This essay tells of our meeting with the many questions raised by the film "Mother of George" by Andrew Dosunmu, USA, 2013.  We talk here about what happened to us as spectators of the work. We share the way our bodies and looks were crossed by the encounter with this filmic narrative, either to say, the state of aesthetic-political awareness established in us. With this intention, we present traces of this encounter with the characters Adenike and Ayodele, a Nigerian couple who lives in Brooklyn and weaves the lines that involve the (im) possibility of conceiving a baby every day. As restless spectators, we are involved by the life that pulsates in a scenario in which gender, otherness, birth, tradition, matriarchy, suffering, care and family arrangements announce forms of (re)existence to the city and to the grotesque framed by the looks of whiteness. We follow the steps of the characters through the avenues of the city and as we follow their marks we travel between speed, slowness, deterritorialization and events that give outline, movement and outcome to the film.

Author Biographies

Rogério Machado Rosa, Universidade Federal de Santa Catariana - UFSC

Professor Adjunto do Departamento de Metodologia de Ensino/MEN, no Centro de Ciências da Educação/CED, da Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC. Graduado em Psicologia (Bacharelado e Licenciatura), pela Universidade do Sul de Santa Catariana - UNISUL. Mestre em Educação - PPGE/UDESC e Doutor em Educação - PPGE/UFSC. Coordenador do Núcleo Vida e Cuidado: estudos e pesquisas sobre violências - NUVIC/CED/UFSC e integrante do Laboratório de Psicologia Escolar e Educacional LAPEE/CFH/UFSC. Principais temas e áreas de interesse: Corpo. Gênero. Sexualidade. Educação & Infância. Violências, imaginação e contrarrealismo est(é)tico. Ética, política e poéticas do cuidado. Filosofia da Diferença/Esquizoanálise & Educação. Cartografia/pesquisa. Psicologia Escolar e Educacional.NUVIC.

Marta Corrêa de Moraes, Universidade Federal de Santa Catariana - UFSC

Sou graduada em Psicologia pela Universidade do Sul de Santa Catarina (2002), com Licenciatura em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente sou professora Adjunta A do Departamento de Metodologia de Ensino (CED/MEN), na áera de Educação/Ensino de Psicologia. Possuo mestrado (2007) e doutorado (2014) em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (PPGE/UFSC), com bolsa CNPq e FAPESC, respectivamente. Atuei como professora colaboradora do Centro de Educação a Distância (CEAD) e da Faculdade de Educação (FAED) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC/2015 -2019) ministrando disciplinas como Psicologia da Educação e Educação Lúdica. Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/EED) fui professora substituta do Departamento de Estudos Especializados em Educação (2007 - 2009; 2013 - 2015), atuando em disciplinas como Organização Escolar, Princípios e Métodos de Orientação e Supervisão Escolar e Teorias da Educação. Tenho experiência na área de Psicologia, com ênfase em Educação/Ensino de Psicologia. Meus estudos e pesquisas tem como foco: processos de ensinar e aprender; a formação de professores(as) e a formação em psicologia; licenciatura em Psicologia, currículos e violências. Sou vice-coordenadora do NUVIC - Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Violências - Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Catarina/CED/UFSC/CNPq) e pesquisadora do LAPEE - Laboratório de Psicologia Escolar e Educacional - Centro de Filosofia e Ciências Humanas/Departamento de Psicologia (CFH/DPSI/UFSC).

Luciana de Freitas Silveira, Movimento Negro Unificado de Santa Catarina

Mulher, negra, moradora de periferia, mãe de dois filhos, avós de 3 crianças e casada há 29 anos. Mestranda no Programa de pós-graduação em Educação PPGE - CED na Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Graduada em Licenciatura no curso de Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Educadora Popular do Projeto de Educação Comunitária Integrar, membra da GESTUS - Gestão Estudantil Universitária Integrar. Militante do Movimento Negro Unificado de Santa Catarina - MNU. Atualmente constrói também um grupo de mulheres intitulado Escutação, que busca dialogar sobre as violência vividas pelas mulheres. Professora de Ciências Humanas na Educação Quilombola na Comunidade do Morro da Queimada, na Escola Estadual Jurema Cavallazzi, área central de Florianópolis. Membra do Grupo de Trabalho da Educação Quilombola em Santa Catarina. Pertence ao grupo de pesquisa: Núcleo Infância, Comunicação, Cultura e Arte (PPGE /CED/CNPq)

References

ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Sejamos todos feministas. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

ADICHIE, Chimamanda. O perigo da história única. Estados Unidos: TED Talks, Julho, 2009. Palestra apresentada na conferência oficial da TEDGlobal. Disponível em: https://www.ted.com/talks/chimamanda_ngozi_adichie_the_danger_of_a_single_story?language=pt-br. Acesso em: 17 de julh. 2015.

ARANSIOLA, Temitope Jane. Mulher negra africana: uma narrativa autobiográfica das experiências de uma nigeriana e suas relações com o feminismo negro. Travessias, 2019. Disponível em http://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/23614/15043 Acesso em 17 jul. 2020.

BENTO, Maria Aparecida Silva. Branqueamento e Branquitude no Brasil In: CARONE, Iray; BENTO, Maria Aparecida Silva. (Org.). Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. 6. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. p. 25-58.

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

CALHEIRO, Eneilde; OLIVEIRA, Eduardo David. Igualdade ou desigualdade de gênero na áfrica? Pensamento feminista africano. Revista Brasileira de Estudos Africanos. Porto Alegre. v. 3, n. 6, Jul. Dez. 2018. p. 93-110.

CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: Hollanda, HeloÍsa Buarque (org). Pensamento feminista - conceitos fundamentais, Rio de Janeiro, Bazar do tempo, 2019.

CRENSHAW, Kimberle. Documento para o Encontro de Especialistas em Aspectos da Discriminação Racial Relativos ao Gênero. Revista Estudos Feministas, 1. Ed., 2002.

DOSUNMU, Andrew. Mother of George. (Dir.) Nigéria-Estados Unidos: Parts and Labor Loveless, 2013.

EVARISTO, Conceição. Olhos d’água. 1. ed. – Rio de Janeiro: Pallas: Fundação Biblioteca Nacional, 2016.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.

GOMES, Nilma Lino. Cultura negra e educação. Revista Brasileira de Educação. Maio/ Jun/Jul/Ago, 2003.

GONZALES, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje. Anpocs, p. 223-244, 1984. Disponível em: https://www.academia.edu/27681600/Racismo_e_Sexismo_na_Cultura_Brasileira_-_L%C3%A9lia_Gonzales.pdf . Acesso em: 22 fev. 2019.

GUIMARAES, Antonio Sérgio Alfredo. Combatendo o racismo: Brasil, África do Sul e Estados Unidos. Rev. bras. Ci. Soc., São Paulo, v. 14, n. 39, p. 103-115, fev. 1999 Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091999000100006&lng=pt&nrm=iso . acessos em 30 out. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69091999000100006.

HALL, Stuart. Quem precisa da identidade?. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. (Org. e Trad.) Identidade e diferença. A perspectiva dos Estudos Culturais. 4.ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

HALL, Stuart. Pensando a diáspora: reflexões sobre a terra no exterior In: Da diáspora: identidades e mediações culturais. UFMG: Belo Horizonte, p. 24-50, 2003.

HISSA, Cássio Eduardo Viana. Ambiente e vida na cidade. In: BRANDÃO, Carlos Antônio Leite (org.) As cidades da Cidade. Belo Horizonte: UFMG, 2006.

KAZEEM, Maryam. Nigéria: é hora de ampliar o debate sobre gênero. Trad. Moisés Sbardelotto. Instituto Humanitas Unisinos. 2013. Disponível em http://www.ihu.unisinos.br/noticias/517379-nigeria-e-hora-de-ampliar-o-debate-sobre-genero Acesso em 18 jul 2020.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rad. Jess Oliveira. 1. Ed. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

LE BIHAN, Yann. Construction sociale et stigmatisation de la "femme noire". Imaginaires coloniaux et sélection matrimoniale. Paris: L'Harmattan, 2007.

LOPES, Nei. Dicionário de história da áfrica: Séculos VII a XVI. 1.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.

MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.

NASCIMENTO, Maria Beatriz. Quilombola e Intelectual: Possibilidades nos dias de destruição. A Mulher Negra e o Amor. Editora Filhos da África, 2018. 1°ed.

RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro? São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

SKLIAR, Carlos. Pedagogia (im)provável da diferença: e se o outro não estivesse aí? Tradução de Giane Lessa. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

SOMÉ, Sobonfu. O espírito da Intimidade: Ensinamentos Ancestrais Africanos sobre maneiras de se relacionar. 2 Ed., São Paulo: Odysseus, 2007.

SPIVAK, Gayatri. Quem reivindica a alteridade? In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

Published

2022-10-27