Who “invented” this trans child? The Case of Coy Mathis and the visibility of trans children in the Brazilian media

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e87312

Keywords:

Trans Child, Childhood, Queer Theory

Abstract

The article derives from a master's research whose proposal was to give visibility to the way in which trans children are made visible by a certain Brazilian media, taking as a reference the case of Coy Matthis, aired by Rede Globo's Fantástico program in 2018. The problem presented revolves around a certain visibility given to this trans child that puts her in a dysphoric condition in relation to her biological body, to the binarisms given as a precondition for analysis by the specialists and to the condition of normality and happiness given to this child. child linked to the adjustments of his body to the social scripts expected of his gender, placed as necessary in the analyzed Program. In this circumstance, it is observed that there is a trans child “invented” within a still binary paradigm, coined as “trans” by adults and specialists who, within their adult-centric and binary perspectives, see and classify Coy’s dysphoric condition. From a dialogue with the studies of gender and sexuality and above all from a Queer approach, the precocity and arbitrariness of this denomination are indicated: precocity because it is a child in the full initiation phase of his life and arbitrariness because that name should come exclusively from the child himself. It is suggested to think of the child within a “neutral” and queer paradigm, through which the child could be “x”, “@” and “e” without pre-defined binary attributions.

Author Biographies

Bianca Neves Borges da, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de São Carlos, foi bolsista de iniciação científica apoiada pela FAPESP. Possui segunda graduação em História pelo Centro Universitário UNIFIEO. Especialização em Educação Infantil pela Faculdade Campos Elíseos. Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos. Tem experiência em Educação Infantil como professora da Rede Municipal de Educação Infantil de São Carlos desde 2015. Integrante do grupo de pesquisa Infâncias e Feminismos (InFemis). Coordenadora do Grupo de Estudos Integrados da Infância e Sociedade (GEIIS). Doutoranda em Educação Pela Universidade Federal de São Carlos desde 2021.

Andrea Braga Moruzzi, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, São Carlos-SP

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Campinas (2001), mestrado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (2005), doutorado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (2012) e pós-doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Tem experiência na área de Educação, no ensino superior presencial e a distância e na educação infantil. Tem atuado principalmente nos seguintes temas: infância, Gênero e Sexualidade/ Educação Infantil e Diferença/ Sociologia da Infância e Diferença, Infância e Feminismos. Coordenadora do Grupo de Pesquisa InFemis - Infância e Feminismos, e vice coordenadora do Grupo de Pesquisas "Educação Infantil e Pequena infância em Contexto - EDIPIC". 

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Published

2022-12-19