Educação Infantil: das Políticas Públicas às lógicas e culturas dos contextos familiares

Autores

  • Simone Santos de Albuquerque Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4512.2009n19p68

Resumo

O presente artigo apresenta a discussão sobre o paradoxo que encontra-se as políticas públicas educativas para as crianças pequenas no que se refere ao discurso do ordenamento legal, a realidade do atendimento a partir de dados de pesquisas realizadas, e principalmente através de estudo que buscou compreender como alguns grupos de famílias dos meios populares de um bairro da periferia urbana do Município de Rio Grande estruturam suas práticas e lógicas de cuidado/educação das crianças pequenas. Neste sentido, o estudo apresenta a importância de reconhecimento da análise da prática efetiva dos relacionamentos e interações sociais entre famílias e crianças como possibilidade de reconhecimento de outras lógicas, da criação de novas alternativas, em detrimento da fixação em um “ideal” ou modelo “hegemônico”, que é o que tem caracterizado o campo científico na área da Educação Infantil. Portanto, a lógica cultural familiar está associada a uma “obrigação moral” em que a família não deseja delegar, mas sim compartilhar, criar laços, socializar-se, junto com as crianças, apresenta-se a possibilidade de pensar para além dos modelos existentes de creches e pré-escolas, oportunizando à educação infantil tornar-se efetivamente uma tarefa pública socialmente compartilhada.

Biografia do Autor

Simone Santos de Albuquerque, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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Publicado

2009-07-22

Edição

Seção

Artigos Demanda Contínua