O lápis cor de pele e sofrimento racial na socialização das crianças e da negritude

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4512.2020v22n42p750

Resumo

Em diferentes cenários, tem sido constante a ideia de que a Colômbia não é apenas um país multiétnico e multilíngue, mas também multirracial. As duas primeiras eliminatórias estão mais presentes na vida nacional, enquanto a imagem das várias raças representa, no melhor dos casos, um pânico social difícil de nomear, fácil de argumentar negando ou admitindo sua existência. Em particular, onde a revelação das cores da pele causa maior sensibilidade é na escola, pois esse avanço se soma à corrente de estudos que tratam das consequências da raça na vida de escolares. Para delimitar o escopo deste artigo, especifica-se que ele corresponde aos resultados preliminares de uma tese de doutorado em andamento cujo tema central é a identidade racial de meninos e meninas negros, para situar esse debate, questiona-se com que cores a infância pinta? da negritude, sua cor de pele e fenótipo? Em termos metodológicos, optou-se pelo método qualitativo que, por meio de oficinas de desenho do corpo, possibilitasse a participação protagonista das crianças, a fim de que, a partir dessas fontes, suscitasse novos questionamentos da criança negra, cujo conhecimento nos estudos da infância, continuam a se destacar por sua ausência. As respostas iniciais indicam que essas crianças não se pintam principalmente com outras cores além da pele ou rosa, tão comuns nas caixas de cores infantis, situação que corrobora achados de décadas atrás a respeito da consciência racial, o que mostra confusão por parte dos renascentes da negritude.

Referências

ALLPORT W, Gordon. La Naturaleza del Prejuicio. Buenos Aires: Editorial universitario, 1962.

BANCO MUNDIAL. Afrodescendientes en Latinoamérica: hacia un marco de inclusión. Washington: Banco Mundial. 2018.

CLARK, Kenneth B.; CLARK, Mamie K. The Development of Consciousness of Self and the Emergence of Racial Identification in Negro Preschool Children. The Journal Of Social Psychology, [s.l.], v. 10, n. 4, p. 591-599, nov. 1939.

ENESCO, Ileana; NAVARRO, Alejandra; GIMÉNEZ, Marta; OLMO, Concepción del. Génesis de la conciencia racial: un estudio sobre identificación y actitudes hacia el color de piel en niños de tres a once años. Estudios de Psicología, [s.l.], v. 20, n. 63-64, p. 3-20, jan. 1999

FELIPE, Delton. Educação para as relações étnico-raciais. Maringá, Brasil: Mondrian Editora Gráfica, 1984.

MARÍN VIADEL, R. El dibujo infantil: tendencias y problemas en la investigación sobre la expresión plástica de los escolares. Arte, Individuo y Sociedad, n. 1, p. 5 - 30, 1988.

MBEMBE., Achille. Crítica de la razón negra. Ensayo sobre el racismo contemporáneo. Barcelona, España: Ned Ediciones, 2016. Trad. de Enrique Schmukler.

MENA, Maria Isabel Garcia. El golero. La Silla Vacía. Recuperado de: https://lasillavacia.com/silla-llena/red-etnica/historia/el-golero-63126. (29 de octubre de 2017).

MENA, Maria Isabel Garcia. Investigando el racismo y la discriminación racial en la escuela. Bogotá, Colombia: Alcaldía Mayor de Bogotá DC, Aecid. 2009.

MOORE, Carlos. La humanidad contra sí misma para una nueva interpretación epistemológica del racismo y de su papel estructurante en la historia y la contemporaneidad. [Ensayo inédito]. Bogotá, Colombia: África en la Escuela, 2011.

MOORE, Carlos. Racismo y sociedad: nuevas bases epistemológicas para entender el racismo. Belo Horizonte: Mazza Ediciones, 2007.

MORENO, Silvia Guerrero. El Desarrollo De La Toma De Conciencia Racial: Un Estudio Evolutivo Con Niños Españoles De 3 A 5 Años. 2006. 220 f. Tese (Doutorado) - Curso de Doutorado, Departamento de Psicología Evolutiva y de La Educación, Universidad Complutense de Madrid, Madri, 2006.

MOSQUERA ROSERO-LABBÉ, C. y Barcelos, L. C. Afrorreparaciones: memorias de la esclavitud y justicia reparativa para negros afrocolombianos y raizales. Bogotá: Universidad Nacional de Colombia, 2007.

PAIXÃO Marcelo. Quinientos años de soledad: estudios sobre las desigualdades raciales en Brasil. Centro Editorial de la Facultad de Ciencias Humanas. Universidad Nacional de Colombia, 2016.

SANTIAGO, Flávio. Cuerpos racializados: La percepción de los niños y niñas sobre el proceso de racialización social. Santiago - Chile: Allas, 2013. ALLAS - GT22- Sociología de la infancia y de la juventud, 29, 2013.

SAUNDERS, Ruth y BINGHAM Ann. Perspectivas piagetianas en la educación infantil. Ministerio de Educación y cultura de España -Madrid España: Ediciones Morata, 2000.

SOUZA, Edmacy Quirina de. Crianças negras em escolas de “alma branca”: um estudo sobre a diferença étnico-racial na educação infantil. 2016. 254 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em Educação, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos - Sp, 2016. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/7873?show=full. Acesso em: 24 jun. 2020.

TELLES, Edward. Raza en la otra América: el significado del color de la piel en Brasil. Cali: Universidad del Valle, Princeton University, 2015.

VIEIRA DORNELLES, LENI e MARA MARQUES, CIRCE e "Pedagogias da racialidade: modos de se constituir crianças negras nas escolas de educação infantil do Brasil". Propuesta Educativa, nº 43, 2015, p.113-122.

WINKLER, Donald R.; CUETO, Santiago. (Eds.). Etnicidad, raza, género y educación en América Latina. SANTIAGO: PREAL, 2004.

Publicado

2020-08-08