A relação entre características dos conselhos de administração e o risco de mercado de estatais listadas
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2021.e61106Resumen
Os conselhos de administração são considerados o principal mecanismo de governança corporativa. Tais órgãos são responsáveis por supervisionar o gerenciamento dos riscos e, no caso de estatais, acrescenta-se a necessidade de criar controles para prevenir a corrupção. Considerando que o conselho deve deliberar sobre decisões estratégicas que, inerentemente, apresentam riscos, sua atuação e características pode impactar a estabilidade da empresa. O objetivo deste estudo é investigar a relação entre características dos conselhos de estatais listadas e seu risco de mercado, mensurado pela volatilidade dos preços das ações. Foram selecionadas estatais com maior liquidez em bolsa, no período de 2015 a 2017. O tamanho do conselho apresenta relação positiva com o risco, enquanto a proporção de mulheres e a proporção de membros independentes apresentaram relações negativas com o risco. No entanto, observou-se que as relações foram não significativas, o que pode indicar possíveis interferências e falhas de governança nessas empresas.
Citas
ALLINI, A.; ROSSI, F. M.; HUSSAINEY, K. The board's role in risk disclosure: an exploratory study of Italian listed state-owned enterprises. Public Money & Management, v. 36, n. 2, p. 113-120, 2016.
ARAÚJO, D. L et al. O risco de mercado do agronegócio brasileiro: uma análise comparativa entre os modelos CAPM e GARCH-M. Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, v. 2, n. 3, p. 207-220, 2004.
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 5a ed. São Paulo: Atlas, 2010.
B3. Regimento do Programa Destaque em Governança de Estatais. 2017. Disponível em: http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/listagem/acoes/governanca-de-estatais/. Acesso em: 14 dez. 2017.
BERLE, A.; MEANS, G. The modern corporation and private property. New Brunswick: Transaction Publishers, 1932.
BERNILE, G.; BHAGWAT, V.; YONKER, S. Board diversity, firm risk, and corporate policies. Journal of Financial Economics, v. 127, n. 3, p. 588-612, 2018.
BRASIL. Lei n° 13.303, de 30 de junho de 2016. Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 01 jul. 2016. Seção 1. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/. Acesso em: 10 mai. 2018.
CHARNESS, G.; GNEEZY, U. Strong Evidence for Gender Differences in Risk Taking. Journal of Economic Behavior & Organization, v. 83, n. 1, p. 50-58, 2012.
CHENG, S. Board size and the variability of corporate performance. Journal of Financial Economics, v. 87, n. 1, p. 157-176, 2008.
CHRISTIE, A. A. The stochastic behavior of common stock variances. Journal of Financial Economics, v. 10, n. 4, p. 407-432, 1982.
COSTA, H. U.; MAZZEU, J. H. G.; COSTA JR., N. C. A. O comportamento dos componentes da volatilidade das ações no Brasil. Revista Brasileira de Finanças, v. 14, n. 2, p. 225-268, 2016.
IBGC. Boas práticas de governança corporativa para sociedades de economia mista. Série Cadernos de Governança Corporativa. São Paulo: IBGC, 2015a.
IBGC. Código das melhores práticas de governança corporativa. 5a. ed. São Paulo: IBGC, 2015b.
FAMA, E. F.; JENSEN, M. C. Separation of ownership and control. Journal of Law and Economics, v. 26, n. 2, p. 301-325, 1983.
HUANG, Y. S. WANG, C. J. Corporate governance and risk-taking of Chinese firms: the role of board size. International Review of Economics and Finance, v. 37, p. 96-113, 2015.
JENSEN, M. C. The modern industrial revolution, exit, and the failure of internal control systems. Journal of Finance, v. 48, n. 3, p. 831-880, 1993.
JENSEN, M. C.; MECKLING, W. H. Theory of the firm: managerial behaviour, agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, v. 3, p. 305-360, 1976.
KHONGMALAI, O.; DISTANONT, A. Corporate governance model in Thai state-owned enterprises: structural equation modelling approach. Corporate Governance: The International Journal of Business in Society, v. 17, n. 4, p.613-628, 2017.
LAMEIRA, V. J. As relações entre governança e risco nas companhias abertas brasileiras. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, v. 14, n. 42, p. 7-25, 2012.
MATHEW, S.; IBRAHIM, S.; ARCHBOLD, S. Boards attributes that increase firm risk – evidence from the UK. Corporate Governance: The International Journal of Business in Society, v. 16, n. 2, p. 233-258, 2016.
MATHEW, S. Corporate governance and firm risk. Corporate Governance: The International Journal of Business in Society, v. 18, n. 1, p. 52-67, 2018.
MATIAS, A. B. Finanças corporativas de longo prazo: criação de valor com sustentabilidade financeira. São Paulo: Atlas, 2010, 2 v.
MENOZZI, A.; URTIAGA, M. G.; VANNONI, D. Board composition, political connections, and performance in state-owned enterprises. Industrial and Corporate Change, v. 21, n. 3, p. 671-698, 2012
MIRANDA, R. A.; AMARAL, H. F. Governança corporativa e gestão socialmente responsável em empresas estatais. Revista de Administração Pública, v. 45, n. 4, p. 1069-1094, 2011.
MUSSACHIO, A.; LAZZARINI, S. G.; AGUILERA, R. V. New varieties of state capitalism: strategic and governance implications. The Academy of Management Perspectives, v. 29, n. 1, p. 115-131, 2015.
NAKANO, M.; NGUYEN, P. Board size and corporate risk taking: further evidence from Japan. Corporate Governance: An International Review, v. 20, n. 4, p. 369-387, 2012.
OECD. OECD Guidelines on corporate-governance of state-owned enterprises. 2nd ed. Paris: OECD Publishing, 2015.
PAIVA, J. F. M.; OLIVEIRA, N. A.; PEIXOTO, F. M. A relação entre conselho de administração, desempenho, valor e risco no mercado brasileiro de ações. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, v. 9, n. 1, p. 25-44, 2015.
POWELL, M.; ANSIC, D. Gender differences in risk behaviour in financial decision-making: an experimental analysis. Journal of Economic Psychology, v. 18, n. 6, p. 605-628, 1997.
SHLEIFER, A.; VISHNY, R. W. Politicians and firms. The Quarterly Journal of Economics, v. 109, n. 4, p. 995-1025, 1994.
SHI, H.; XU, H.; ZHANG, X. Do politically connected independent directors create or destroy value?. Journal of Business Research, v. 83, p. 82-96, 2018.
SILA, V.; GONZALEZ, A.; HAGENDORFF, J. Women on board: Does boardroom gender diversity affect firm risk?. Journal of Corporate Finance, v. 36, p. 26-53, 2016.
SILVA, R. L. M; NARDI, P. C. C.; PIMENTA JUNIOR, T. O impacto da migração das empresas para os níveis diferenciados de governança corporativa da BM&F Bovespa sobre o risco e o retorno de suas ações. Revista de Administração da UFSM, v. 5, n. 2, p. 222-242, 2012.
SILVEIRA, A. D. M. Governança corporativa no Brasil e no mundo: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
YERMACK, D. Higher market valuation of companies with a small board of directors. Journal of Financial Economics, v. 40, n. 2, p. 185-211, 1996.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
El autor deberá garantizar:
- que exista pleno consenso entre todos los coautores para aprobar la versión final del documento y su envío para publicación.
que su trabajo es original, y si se utilizó trabajo y/o palabras de otras personas, estos fueron debidamente reconocidos.
El plagio en todas sus formas constituye un comportamiento editorial poco ético y es inaceptable. RCA se reserva el derecho de utilizar software o cualquier otro método de detección de plagio.
Todos los envíos recibidos para evaluación en la revista RCA pasan por la identificación de plagio y autoplagio. El plagio identificado en los manuscritos durante el proceso de evaluación dará lugar al archivo del envío. Si se identifica plagio en un manuscrito publicado en la revista, el Editor Jefe realizará una investigación preliminar y, de ser necesario, se retractará.
Los autores otorgan a RCA los derechos exclusivos de primera publicación, estando la obra licenciada simultáneamente bajo la Licencia Creative Commons (CC BY) 4.0 Internacional.

Los autores están autorizados a celebrar contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en un repositorio institucional, en un sitio web personal, publicación de una traducción o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
Esta licencia permite a cualquier usuario tener derecho a:
Compartir: copiar, descargar, imprimir o redistribuir el material en cualquier medio o formato.
Adapte: remezcle, transforme y cree a partir del material para cualquier propósito, incluso comercial.
Bajo los siguientes términos:
Atribución: debe dar el crédito apropiado (citar y hacer referencia), proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se realizaron cambios. Debe hacerlo bajo cualquier circunstancia razonable, pero de ninguna manera que sugiera que el licenciante lo respalda a usted o su uso.
Sin restricciones adicionales: no puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otros hacer algo que la licencia permite.