Metodologia qualitativa e quantitativa nos estudos em administração e organizações: lições da história da ciência
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2011v13n30p39Resumo
Este estudo de natureza teórica analisa as contribuições da história da ciência para a produção do conhecimento científico no campo da administração e estudos organizacionais. Dentre outros aspectos, verificou-se no estudo que: (i) as teorias concernentes aos estudos administrativos e organizacionais são falíveis e permanecem sujeitas a um aperfeiçoamento constante ou substituição; (ii) a realidade está sempre em mudança e não se pode congelá-la num modelo único; (iii) não existem teorias capazes de explicar todos os fenômenos administrativos e organizacionais. Assim, deve-se aceitar a ideia da necessidade de constante transformação, aperfeiçoamento e ampliação do conhecimento. Conformeevidenciado no trabalho, os estudos em administração e organizações testemunharam uma mudança de paradigma quando a escola clássica de administração foi questionada e acrescida de novos paradigmas. Dessa forma, esse campo de estudos tornou-se pluralístico, com conflito entre paradigmas e ciência normal, não sendo diferente as questões concernentes às suas metodologias de pesquisa. Neste contexto, a história da ciência pode prover importantes lições ao mostrar que a revolução científica não foi aceita pacificamente, senão por meio de acirradas discussões e aparentes contradições. Diversos autores buscaram uma aproximação entre as ciências sociais e das ciências naturais. Assim, a utilização conjunta de metodologias qualitativas e quantitativas está cada vez mais presente na pesquisa administrativa e organizacional conferindo uma maior legitimação às diversas formas de abordagem do tema. Os debates sobre qual a melhor abordagem permanecem, apesar de estar havendo um maior diálogo entre estas duas correntes de pensamento metodológico nas últimas décadas.
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