A Formação em Administração e o Dualismo Conceitual teoria-prática no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2020.e69888Resumen
O debate recente acerca do distanciamento entre teoria e prática na formação do administrador desperta a inquietação central deste ensaio teórico. Existe certa posição de estranhamento diante da situação de limitado reconhecimento das Escolas de Administração no mundo, e no Brasil em particular, em que Lima e Wood Jr. (2014) afirmam que os benefícios da ciência administrativa no Brasil são desconhecidos e talvez insignificantes. Diante de tal problemática, o objetivo deste trabalho é avaliar o modo como a pesquisa em administração vem abordando o dualismo conceitual teoria-prática na formação dos seus membros e egressos. Nesse hiato pode residir o fato de não estar havendo a transformação fundamental, ou se estiver, pode não estar recebendo o empenho necessário por abarcar a nova concepção acerca da imbricação teoria-prática.
Citas
ABRAHAMSEN, M. H. et al. Network picturing: an action research study of strategizing in business networks. Industrial Marketing Management, v. 59, p. 107-119, 2016.
AHUJA, V.; PURANKAR, S. Quality business school education and the expectations of the corporate: a research agenda. Procedia Computer Science, v. 139, p. 561-569, 2018.
ALCADIPANI, R.; BERTERO, C. O. Os EUA, a exportação e a expansão do ensino de Management no Brasil nas décadas de 1950 e 1960. Cadernos EBAPE.BR, v. 16, n. 1, p. 50-63, 2018.
AZUDIN, A.; MANSOR, N. Management accounting practices of SMEs: the impact of organizational DNA, business potential and operational technology. Asia Pacific Management Review, v. 23, n. 3, p. 222-226, 2018.
BADEWI, A.; SHEHAB, E. The impact of organizational project benefits management governance on ERP project success: neo-institutional theory perspective. International Journal of Project Management, v. 34, n. 3, p. 412-428, 2016.
BALL, A.; CRAIG, R. Using neo-institutionalism to advance social and environmental accounting. Critical Perspectives on Accounting, v. 21, n. 4, p. 283-293, 2010.
BARBOSA, M. A. C. et al. Nem só de debates epistemológicos vive o pesquisador em administração: alguns apontamentos sobre disputas entre paradigmas e campo científico. Cadernos EBAPE.BR, v. 11, n. 4, p. 636-651, 2013.
BARNARD, C. The Functions of the Executive. Cambridge: Harvard University Press, 1938.
BENNIS, W. G.; O’TOOLE, J. How business schools lost their way. Harvard Business Review, v. 83, n. 5, p. 96-104, 2005.
BERTERO, C. O. Ensino e Pesquisa em Administração – Relatório GVPesquisa 11/2009. São Paulo: FGV, 2009.
BERTERO, C. O. et al. Os desafios da produção de conhecimento em administração no Brasil. Cadernos EBAPE.BR, v. 11, n. 1, p. 181-196, 2013a.
BERTERO, C. O. et al. Produção científica brasileira em Administração na década de 2000. Revista de Administração de Empresas, v. 53, n. 1, p. 12-20, 2013b.
BONDÍA, J. L. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, v. 19, p. 20-28, 2002.
BOURDIEU, P. Os usos sociais da ciência: Por uma sociologia do campo científico. São Paulo: Editora UNESP, 2004.
BRYDON-MILLER, M.; GREENWOOD, D.; MAGUIRE, P. Why action research? Action Research, v. 1, p. 9-28, 2003.
CARRIERI, A. P. et al. A gestão ordinária dos pequenos negócios: Outro olhar sobre a gestão em estudos organizacionais. Revista de Administração, v. 49, n. 4, p. 698-713, 2014.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (CNE/CES). Resolução nº 4 de 13 de Julho de 2005. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, bacharelado, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 19 de Julho de 2005.
DELEUZE, G. Diferença e repetição. Rio de Janeiro: Graal, 1998.
DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. (Eds.). The Sage handbook of qualitative research. 4 ed. Thousand Oaks: Sage Publications, 2011.
DiMAGGIO, P. L.; POWELL, W. W. The iron case revisited: Institutional isomorphism and collective rationality in organizational fields. In DiMaggio, P. L., & Powell, W. W. The new institutionalism on organizational analysis (cap. 3). Londres: The University of Chicago Press, 1991.
ECO, U. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1991.
HADLER, M. Institutionalism and Neo-institutionalism: history of the concepts. International Encyclopedia of the Social & Behavioral Sciences (Second Edition), 2015.
HALL, P. A.; TAYLOR, R. C. R. As três versões do Neo-Institucionalismo. Lua Nova, v. 58, p. 193-224, 2003.
HARDT, M.; NEGRI, A. Multidão. Rio de Janeiro: Record, 2005.
KAPLAN, A. A school is “a building that has four walls...with tomorrow inside”: toward the reinvention of the business school. Business Horizons, v. 61, n. 4, p. 599-608, 2018.
KIRSHBAUM, C.; PORTO, E. C.; FERREIRA, F. C. M. Neo-Institucionalismo na produção acadêmica em administração. Revista de Administração de Empresas, v. 3, n. 1, jan./jun., art. 12, 2004.
KOLB, M.; FROHLICH, L.; SCHMIDPETER, R. Implementing sustainability as the new normal: responsible management education - from a private business school’s perspective. International Journal of Management Education, v. 15, n. 2, p. 280-292, 2017.
LA ROCCA, A.; HOHOLM, T.; MORK, B. E. Practice theory and the study of interaction in business relationships: some methodological implications. Industrial Marketing Management, v. 60, p. 187-195, 2017.
LEAL-RODRÍGUEZ, A. L.; ALBORT-MORANT, G. Promoting innovative experiential learning practice to improve academic performance: empirical evidence from a Spanish Business School. Journal of Innovation & Knowledge, v. 4, n. 2, p. 97-103, Apr./Jun., 2019.
LEE, K.; HOPE, J.; ABDULGHANI, F. Planned approaches to business and school partnerships. Does it make a difference? The business perspective. Evaluation and Program Planning, v. 55, p. 35-45, 2016.
LIEBERMAN, R. C. Ideas, institutions, and political order: Explaining political change. American Political Science Review, v. 96, n. 4, p. 697-712, 2002.
LIMA, G. M. R.; WOOD JR., T. The Social Impact of research in Business and Public Administration. Revista de Administração de Empresas, v. 54, n. 4, p. 458-463, 2014.
MARCH, J. G.; OLSEN, J. P. Elaborating the New-Institutionalism. In: RHODES, R. A. W.; BINDER, S. A.; ROCKMAN, B. A. The Oxford Handbooks of Political Science. New York: Oxford Press, 2006, p. 3-20.
MARTÍNEZ-FERRERO, J.; GARCÍA-SÁNCHEZ, I. M. Coercive, normative and mimetic isomorphism as determinants of the voluntary assurance of sustainability reports. International Business Review, v. 26, n. 1, p. 102-118, 2017.
MARTINS, G. A.; THEÓPHILO, C. R. Metodologia da investigação cientifica para ciências sociais aplicadas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MATTOS, P. L. C. L. O que diria Popper à literatura administrativa de mercado? Revista de Administração de Empresas, v. 43, n. 1, jan./mar., p. 60-69, 2003a.
MATTOS, P. L. C. L. Teoria administrativa e pragmática da linguagem: perspectivas para problemas que afligem as relações entre acadêmicos e consultores, educadores e educandos. Revista de Administração Contemporânea, v. 7, n. 2, abr./jun., p. 35-55, 2003b.
MCMILLAN, C.; OVERALL, J. Management relevance in a business school setting: a research note on an empirical investigation. International Journal of Management Education, v. 14, n. 2, p. 187-197, 2016.
MINOCHA, S.; REYNOLDS, M.; HRISTOV, D. Developing imaginators not managers: how to flip the business school model. International Journal of Management Education, v. 15, n. 3, p. 481-489, 2017.
MINTZBERG, H. The nature of managerial work. New York: Harper & Eow, 1973.
MINTZBERG, H.; GOSLING, J. Educando administradores além das fronteiras. Revista de Administração de Empresas, v. 43, n. 2, abr./jun., p. 29-43, 2003.
NASCIMENTO, E. O. Os novos institucionalismos na ciência política contemporânea e o problema da integração teórica. Revista Brasileira de Ciência Política, v. 1, p. 95-121, 2009.
NICOLINI, A. Qual será o futuro das fábricas de administradores? Revista de Administração de Empresas, v. 43, n. 2, p. 44-54, 2003.
ORTENBLAD, A. et al. Business school output: a conceptualisation of business school graduates. International Journal of Management Education, v. 11, n. 2, p. 85-92, 2013.
PAULA, A. P. P. Tragtenberg e a resistência da crítica: Pesquisa e ensino na administração hoje. Revista de Administração de Empresas, v. 41, n. 3, p. 77-81, 2001.
PITELIS, C. N.; WAGNER, J. D. Strategic Shared Leadership and Organizational Dynamic Capabilities. The Leadership Quarterly, v 30, n. 2, apr., p. 233-242, 2019.
ROBSON, C.; MCCARTAN, K. Real world research. John Wiley & Sons, 2016.
SANDERS, E. Historical Institutionalism. In: RHODES, R. A. W.; BINDER, S. A.; ROCKMAN, B. A. The Oxford Handbooks of Political Science. New York: Oxford Press, 2006, p. 39-55.
SARLO, B. Cenas da Vida Pós-Moderna: Intelectuais, arte e videocultura na Argentina. 3 ed. Rio de Janeiro (RJ): Editora UFRJ, 2004.
SERRA, F. A. R.; FIATES, G. G.; FERREIRA, M. P. Publicar é difícil ou faltam competências? O desafio de pesquisar e publicar em revistas cientificas na visão de editores e revisores internacionais. Revista de Administração do Mackenzie, v. 9, n. 4, p. 32-55, 2008.
THIOLLENT, M. Pesquisa-ação nas organizações. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
TOARNICZKY, A.; MATOLAY, R.; GASPAR, J. Responsive higher education through transformational practices: the case of a Hungarian business school. Futures, (in press), 2019.
WALSH, J. P.; MEYER, A. D.; SCHOONHOVEN, C. B. A future for Organizational Theory: Living in and Living with Changing Organizations. Organization Science, v. 17, n. 5, p. 657-671, 2006.
WILLIAMS, J. Pós-estruturalismo. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 2013.
WITTGENSTEIN, L. Investigações filosóficas. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
El autor deberá garantizar:
- que exista pleno consenso entre todos los coautores para aprobar la versión final del documento y su envío para publicación.
que su trabajo es original, y si se utilizó trabajo y/o palabras de otras personas, estos fueron debidamente reconocidos.
El plagio en todas sus formas constituye un comportamiento editorial poco ético y es inaceptable. RCA se reserva el derecho de utilizar software o cualquier otro método de detección de plagio.
Todos los envíos recibidos para evaluación en la revista RCA pasan por la identificación de plagio y autoplagio. El plagio identificado en los manuscritos durante el proceso de evaluación dará lugar al archivo del envío. Si se identifica plagio en un manuscrito publicado en la revista, el Editor Jefe realizará una investigación preliminar y, de ser necesario, se retractará.
Los autores otorgan a RCA los derechos exclusivos de primera publicación, estando la obra licenciada simultáneamente bajo la Licencia Creative Commons (CC BY) 4.0 Internacional.

Los autores están autorizados a celebrar contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en un repositorio institucional, en un sitio web personal, publicación de una traducción o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
Esta licencia permite a cualquier usuario tener derecho a:
Compartir: copiar, descargar, imprimir o redistribuir el material en cualquier medio o formato.
Adapte: remezcle, transforme y cree a partir del material para cualquier propósito, incluso comercial.
Bajo los siguientes términos:
Atribución: debe dar el crédito apropiado (citar y hacer referencia), proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se realizaron cambios. Debe hacerlo bajo cualquier circunstancia razonable, pero de ninguna manera que sugiera que el licenciante lo respalda a usted o su uso.
Sin restricciones adicionales: no puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otros hacer algo que la licencia permite.