De epistemicídio, (in)visibilidade e narrativa: reflexões sobre a política de representação da identidade negra em Cadernos Negros

Autores

  • Denise Almeida Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2014n67p51

Resumo

Este ensaio propõe-se a analisar a política de representação da identidade negra nos Cadernos Negros. Apresentam-se inicialmente reflexões teóricas sobre a noção de representação, o papel das narrativas na constituição de indivíduos e grupos sociais, e os efeitos da adoção de um paradigma globalizante único, uma revisão teórica que é embasada, sobretudo, no pensamento de Stuart Hall, Tomaz Tadeu da Silva e Boaventura de Souza Santos. Pensam-se, após, as estratégias adotadas pelos escritores dos Cadernos Negros ante o processo de marginalização, supressão e subversão dos saberes e da cultura negra, e suas opções para dar visibilidade a sua matriz cultural e produção literária. Ressalta-se o modo como o cotidiano negro, invisibilizado na produção hegemônica, é visibilizado pela asserção, repetição e poetização da vivência negra.

Biografia do Autor

Denise Almeida Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Denise Almeida Silva é doutora em Letras (Literaturas de Língua Inglesa, UFRGS), e docente no Departamento de Linguística, Letras e Artes da Universidade
Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), câmpus Frederico Westphalen. Integra o GT Relações Literárias Interamericanas, da ANPOLL, e os
Grupos de Pesquisa Literatura, História e Imaginário e Comparatismo e Processos Culturais (URI- CNPq). Pesquisa e publica especialmente sobre identidade,
memória, história, literatura brasileira e literaturas pós-coloniais de língua inglesa. Suas publicações mais recentes são Poéticas do espaço, geografias simbólicas
(URI, 2013) e a co-organização de Literatura, processos culturais e ensino (2014). E-mail: dnsalmeidasilva@gmail.com

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Publicado

2014-12-22