Uma releitura de "The Waste Land" sob o viés do Materialismo Lacaniano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2019v72n1p53

Resumo

Este artigo objetiva refletir sobre alguns aspectos do poema The Waste Land (1922), de T.S. Eliot, repensando o movimento do poema de equiparação da modernidade a uma dimensão fantasmagórica e irreal, da qual seria possível escapar ao se atingir uma esfera incorruptível do ser. Porém, faz-se necessário indagar quais são as tensões presentes nas representações imaginárias do poema que conflitam com este desejo latente de transcendência, que fazem com que este desejo, no percurso do poema, desemboque, nas palavras de Slavoj Žižek (2013, p.26), em uma sensação de “mal-estar metafísico”, e não em uma perspectiva de redenção. Assim, o materialismo lacaniano via Žižek, filósofo esloveno que atua nas áreas de Teoria Política, Crítica Cinematográfica, Psicanálise e Estudos Culturais, torna-se essencial para a possibilidade de detectar um movimento mais profundo na dinâmica do poema.

Referências

DAVIDSON, H. Improper Desire: Reading the Waste Land. In: MOODY, A. D. (Org). The Cambridge Companion to T. S. Eliot. Cambridge University Press, 2005.

ELIOT, T. S. Obra Completa, Vol. I – Poesia. Trad. Ivan Junqueira. São Paulo: Arx, 2004.

______. Ulysses, order and myth. In: Selected Prose of T.S. Eliot. Edited by Frank Kermode. Harcourt Inc., 1975.p. 175-178.

FAIRCHILD, T. Time, Eternity and Immortality in T. S. Eliot’s Four Quartets. Maharishi University of Management. Fairfield, Iowa: 1999. Disponível em: <https://www.mum.edu/pdf_msvs/v09/fairchild.pdf>. Acesso em 06/01/2016.

GOLDSMITH, O. The Norton Anthology of Poetry. Edited by Margaret Ferguson, Mary Jo Salter and Jon Stallworthy. Norton & Company, Inc., 2005. p. 686

MENAND, L. Discovering Modernism: T. S. Eliot and His Context. 2nd Edition. Oxford University Press, 2007.

MOODY, A. D. Thomas Stearns Eliot: poet. Oxford University Press, 2007.

ŽIŽEK, S. Alguém disse totalitarismo?: cinco intervenções no (mau) uso de uma noção. Trad. Rogério Bettoni. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013.

______. Como ler Lacan. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

______. Looking awry: an introduction to Jacques Lacan through popular culture. Massachusetts Institute of Technology, 1992.

Downloads

Publicado

2019-02-01