“O Homem que Fora Consumido” – Um Conto da “Alma Exterior”

Autores

  • Maria Alice Ribeiro Gabriel Museu da Tolerância Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2015v68n2p43

Resumo

Como ver o corpo além de sua materialidade é, obviamente, uma das maiores preocupações da ficção gótica de Edgar Allan Poe: “Metzengerstein”, “Morella”, “Ligeia”, “Uma estória das montanhas Ragged”, “Revelação mesmérica” e “Os fatos no caso de monsieur Valdemar” são alguns exemplos. Mas em seu grotesque cômico “O homem que fora consumido – Uma história das velhas campanhas dos Bugaboos e Kickapoos”, o humor negro e a sátira social prevalecem quando a trama centra-se no famoso brigadeiro por distinção John A. B. C. Smith e na obsessão do protagonista “Sobre este assunto – o do aspecto pessoal de Smith”. Este artigo pretende estabelecer algumas observações sobre as personagens do general Smith e do narrador não nomeado, utilizando como parâmetro teórico para esta análise os conceitos de patologia da adaptação, de Mahmoud Sami-Ali, e os de personalidade narcísica e estado-limite, desenvolvidos por Didier Anzieu.

Biografia do Autor

Maria Alice Ribeiro Gabriel, Museu da Tolerância Universidade de São Paulo

Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo. Museu da Tolerância de São Paulo - Departamento de Pesquisa e Documentação. (e-mail: rgabriel1935@gmail.com ). Pesquisadora vinculada ao grupo de estudos Variações do insólito: do mito clássico à modernidade (UFPB).

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Publicado

2015-01-21