A Mortificação do Corpo em É Isto Um Homem?, de Primo Levi

Autores

  • José Carlos Felix Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus IV, Jacobina
  • Juliana Cristina Salvadori Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus IV, Jacobina.

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2015v68n3p43

Resumo

Dentre os incontáveis testemunhos e narrativas que se propuseram denunciar, narrar e dar sentido à experiência produzida pela Shoah, o livro É isto um homem?, do escritor italiano Primo Levi, prefigura como um dos relatos mais contundentes acerca dos horrores e monstruosidades vividas nos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. O presente artigo propõe uma discussão acerca das formas de violência e mortificação do corpo apontadas no relato de Levi, as quais revelam um processo de reificação da vida, cujas consequências mais diretas afetam tanto a relação do indivíduo com seu próprio corpo quanto com o do outrem. Para tanto, partiremos do testemunho do autor acerca do processo de reificação e degradação humana, bem como das reflexões sobre a relação entre esclarecimento e barbárie pensadas por Horkheimer e Adorno e dos conceitos de soberania e biopolitização do estado chamada de “vida nua” de Agamben.

Biografia do Autor

José Carlos Felix, Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus IV, Jacobina

Doutor em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas UNICAMP. Docente Adjunto da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus IV, Jacobina e professor permanente do programa de pósgraduação em Crítica Cultural PÓS-CRÍTICA. Pesquisador do grupo Pós-Teoria UNEB/PÓS-CRÍTICA.

Juliana Cristina Salvadori, Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus IV, Jacobina.

Doutora em Literaturas de Língua Portuguesa. Docente Assistente da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus IV, Jacobina e pesquisadora do grupo Desleituras em série: da tradução como transcriação, adaptação, refração, diáspora UNEB.

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Publicado

2015-10-03