Não há como escapar da categorização: uma visão privilegiada dos compostos

Resumo

Tem havido uma onda de pesquisas sintáticas sobre composição, juntando-se a uma vasta literatura sobre a natureza das raízes e da teoria de fase. Em uma tentativa de investigar o domínio sintático para a interpretação idiossincrática e para explicar os efeitos da integridade lexical, alguns estudos recentes sobre composição argumentaram que os compostos de raiz são feitos de duas raízes acategóricas livres diretamente fundidas na sintaxe, sem sofrer categorização. O principal objetivo de tal abordagem é estender o domínio da fase para manter duas raízes não categorizadas aguardando futuras operações de mesclagem. Quando um cabeçalho de categoria é mesclado no topo desta estrutura composta, ele acionará seu Spell-Out e, como resultado, ambas as raízes serão identificadas como um único objeto sintático para fins de movimento e ligação, e serão atribuídas a um interpretação fixa e não composicional. Neste artigo, argumentamos que raízes categorialmente não individuadas não são objetos LF e PF legítimos, ao lado de Panagiotidis (2011, 2014, 2015). Consequentemente, qualquer objeto sintático composto de duas ou mais raízes não categorizadas irá induzir travamento formal nas interfaces. Afirmamos que a categorização da raiz não pode ser analisada nem como uma questão de variação paramétrica, nem como uma etapa derivacional opcional. Além disso, propomos que os efeitos de integridade lexical podem ser explicados diretamente se assumirmos que a característica unificadora dos compostos é a presença de um cabeçalho de categoria mesclado no topo de duas raízes categorizadas. Finalmente, afirmamos que os domínios não composicionais não são determinados por categorização. Em vez disso, a não composicionalidade é atribuída em LF, por meio de um conjunto de instruções LF associadas a raízes em um ambiente sintático específico.