O romance autobiográfico de Zelda Sayre Fitzgerald

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2021.e78624

Resumo

Este artigo analisa como a referencialidade e a ficção operam no romance Save Me the Waltz, de Zelda Sayre Fitzgerald, publicado em 1932, colocando em perspectiva os gêneros autobiografia e romance autobiográfico. As notáveis semelhanças entre a vida de Zelda Sayre Fitzgerald e a jornada da personagem principal Alabama Beggs traçam uma fronteira turva sobre como esse teor autobiográfico pode ser visto dentro das escritas de si ainda que a ficção esteja presente. As discussões acerca desses gêneros evocam teoricamente Philippe Lejeune, Alba Olmi, Eurídice Figueiredo, Cida Golin e Nora Catelli.

Referências

ABREU, Caio Fernando. Prefácio à edição brasileira de 1986. In: FITZGERALD, Zelda. Esta Valsa é Minha. Tradução de Rosaura Eichenberg. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2014. p. 291-293.

BARTHES, Roland. A morte do autor. In: O rumor da língua. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012. p. 57-64.

BARTHES, Roland. Prefácio. In: Sade, Fourier, Loyola. São Paulo, Martins Fontes: 2005. p. 9-19.

BARTHES, Roland. Roland Barthes por Roland Barthes. Tradução de L. Perrone-Moisés. SP: Cultrix, 1975.

BELLIN, Greicy Pinto. A crítica literária feminista e os estudos de gênero: um passeio pelo território selvagem. Revista FronteiraZ, São Paulo, n. 7, p. 1-11, dezembro de 2011.

BRUCCOLI, Matthew J.; SMITH, Scottie Fitzgerald; KERR, Joan P. (Edit.). The romantic egoists: a pictorial autobiography from the scrapbooks and albums of F. Scott Fitzgerald and Zelda Fitzgerald. New York: Scribner, 2003.

BRYER, Jackson & R. BARKS, Cathy W. (org.). Querido Scott, querida Zelda: as cartas de amor de Scott e Zelda Fitzgerald. Tradução de Beth Vieira. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

CHEVALIER, J; GHEERBRANT, A. Dicionário de Símbolos: Mitos, Sonhos, Costumes, Gestos, Formas, Figuras, Cores, Números. Tradução de Vera da Costa e Silva et al. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009.

FIGUEIREDO, Eurídice. Mulheres ao espelho: autobiografia, ficção, autoficção. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2013.

FITZGERALD, Zelda. Esta valsa é minha. Tradução de Rosaura Eichenberg. 1ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

FITZGERALD, Zelda. (1932) Save Me the Waltz. In: BRUCCOLI, Matthew J. (Org). Zelda Fitzgerald: The collected writings. New York: Scribner, 2013. E-book.

FRYER, Sarah Beebe. Nicole Warren Diver and Alabama Beggs Knight: women on the threshold of freedom. Modern Fiction Studies. vol. 31, n. 2, p. 318–326, 1985. Disponível em: www.jstor.org/stable/26281498. Acesso em: 20 de março de 2021.

GENETTE, Gérard. O discurso da narrativa. Tradução de Fernando Cabral Martins. 3. ed. Lisboa: Veja, 1995.

LANIUS, Marcela; MARTINS, Marcia A. P. Uma vasta surpresa: os prefácios ao romance de Zelda Sayre Fitzgerald. Ilha do Desterro, Florianópolis, v. 72, n. 2, p. 205-224, agosto, 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-80262019000200205&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 20 de março de 2021.

LEGLEITNER, R.-A. The Cult of Artistry in Zelda Fitzgerald’s Save me the Waltz. The F. Scott Fitzgerald Review. vol. 12, n. 1, p. 124-142, 2014.

LEJEUNE, Philippe. L’Autobiographie en France. Paris: Colin, 1971.

LEJEUNE, Philippe. O pacto autobiográfico: de Rousseau à Internet. Tradução de Jovita Maria Gerheim Noronha e Maria Inês Coimbra Guedes. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2014.

MACEDO, Ana Gabriela; AMARAL, Ana Luísa (Orgs.). Dicionário da Crítica Feminista. Porto: Edições Afrontamento, 2005.

MILFORD, Nancy. Zelda: A biography. New York: Haper & Row, 1970.

MOI, Toril. Feminist, female, feminine. In: BELSEY, C. MOORE, J. (Ed.). The feminist reader: essays in gender and the politics of literary criticism. Houndmills: Macmillan, 1989. p. 117-129.

MOORE, Harry T. Prefácio à edição americana de 1968. In: FITZGERALD, Zelda. Esta Valsa é Minha. Tradução de Rosaura Eichenberg. 1ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2014. p. 295-300.

NANNEY, Lisa. Zelda Fitzgerald’s Save Me the Waltz as Southern Novel and Künstlerroman. In: The Female Tradition in Southern Literature. MANNING, Carol S. (Ed.). Urbana: University of Illinois Press, 1993. p. 220-234.

RAMALHO, Christina. Mulheres, Princesas e Fadas: A hora da Desconstrução. In: Revista Gênero. Niterói, v. 1, n. 2, p. 41-48, 2001.

SCOTT, Anne Firror. The Southern Lady: from the pedestal to politics, 1830-1930. Charlottesville and London: University Press of Virginia, 1995.

SHOWALTER, Elaine. A Literature of Their Own. In: EAGLETON, M. (Org.). Feminist Literary Reader: a reader. Cambridge, Mass. Blackwell, 1986. p. 11-15.

STREISSGUTH, Thomas. The Roaring Twenties. New York: Facts on File, 2007.

TAVERNIER-COURBIN, Jacqueline. Art as Woman's Response and Search: Zelda Fitzgerald's Save Me the Waltz. The Southern Literary Journal, vol. 11, n. 2, 1979, p. 22-42. Disponível em: www.jstor.org/stable/20077612. Acesso em: 20 de março de 2021.

WAGNER, Linda W. Save Me the Waltz: An Assessment in Craft. The Journal of Narrative Technique, vol. 12, n. 3, p. 201–209, 1982. Disponível em: www.jstor.org/stable/30225941. Acesso em: 20 de março de 2021.

WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. 1. ed. São Paulo: Tordesilhas, 2014.

ZOLIN, Lúcia Osana. Crítica feminista. In: BONNICI, T.; ZOLIN, L. O. (org.) Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 2. ed. Maringá: Eduem, 2005. p. 181-203.

Downloads

Publicado

2021-06-07

Edição

Seção

I. Escritas de vida através dos gêneros