Injustiça de gênero e sexualidade LGBTQIA+: A produção de conhecimento à margem na ciência da informação na região sul
DOI:
https://doi.org/10.5007/1518-2924.2023.e92370Palavras-chave:
Gênero e Sexualidade, Injustiça hermenêutica, Informação gênero-sexualidade, LGBTQIAResumo
Objetivo: O artigo objetiva identificar produções sobre os estudos de gênero e sexualidade LGBTQIA+ na Ciência da Informação (CI). Nesta pesquisa bibliográfica, o aporte teórico segue uma aproximação dos estudos de gênero e da sexualidade com a perspectiva da injustiça epistêmica e suas abordagens estrutural e hermenêutica em contexto de relações de poder e desigualdades históricas de pessoas que fogem à hegemonia heterossexual.
Método: O recorte do levantamento são as linhas de pesquisa de Programas de Pós-Graduação (PPGs) e produções acadêmicas no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES que abordam temáticas de gênero e sexualidade na região sul do Brasil na CI. Interessa identificar as contribuições do campo na gênese e no desenvolvimento de espaços de produção sobre a temática. A partir do mapeamento de referenciais teóricos e metodológicos, como também objetos de estudo mais recorrentes, pretende-se delinear as contribuições, avanços e limites do campo da CI no contexto de desigualdades históricas. Entende-se a importância de identificar autores e instituições contemporizando as discussões de estudos interseccionais e decoloniais.
Resultado: É relevante flagrar e mapear formas estruturantes de manutenção de poder e espaços de resistência e de superação das desigualdades das representações e experiências que trazem sentido no contexto histórico e social para os que escapam das normas e hegemonias sobre gênero e sexualidade. Identificamos um total de 42 teses e dissertações em CI sobre as temáticas de gênero e sexualidade, sendo que apenas 6 foram realizadas no Sul do Brasil. Quanto às linhas de pesquisa dos PPGs, das 24 instituições de nível superior do Brasil que oferecem cursos de mestrado e doutorado, em apenas uma linha de pesquisa foi identificado o termo “gênero” em sua descrição.
Conclusões: Consideramos que os temas em foco ainda estão sub-representados na abordagem LGBTQIA+ tanto em linhas de pesquisa quanto na produção acadêmica.
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