A performance na sociedade de História: relações com o documento, com a informação e com a memória
DOI:
https://doi.org/10.5007/1518-2924.2019.e65042Palabras clave:
Performance, Documento, Informação, Memória, Sociedade de históriaResumen
Objetivo: Discutir as aproximações entre os conceitos de performance, documento, informação e memória, a fim de identificar as possíveis contribuições da ação e dos resultados dos registros para essa forma de arte.
Método: Pesquisa de natureza teórica, pautada nos conceitos apresentados por Paul Otlet e Suzanne Briet (documento), Ana Maria Camargo e Heloísa Bellotto (documento de arquivo), Michael Buckland (informação), Renato Cohen, Peggy Phelan, Jorge Glusberg e Regina Melim (performance) e Pierre Nora e Ulpiano Meneses (memória).
Resultado: A noção dos documentalistas clássicos, apesar de ampliada, não abdica da materialidade física/durável dos documentos. Como a performance não possui tal materialidade, não pode ser considerada documento. No âmbito da arquivologia, a performance é entendida como a atividade do artista, não sendo, portanto, documento. Com relação à informação, a performance se encaixa no tipo informação-como-conhecimento, já que é um evento. A respeito da memória, a performance é confrontada por dois anseios: o de resistir à sociedade de história e a necessidade social pelo conhecimento e pela permanência.
Conclusões: Entende-se que os documentos gerados a partir da performance, ao invés de comprometerem sua identidade, podem ampliar as possibilidades de existência e resistência dessa manifestação artística na sociedade de história.
Descargas
Citas
ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Dicionário brasileiro de terminologia arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005.
BELLOTTO, Heloísa L. Arquivos Permanentes: tratamento documental. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
BORGGREEN, Gunhild; GADE, Rune (eds.). Performing Archives. Archives of performing. Copenhagen: Museum Tusculanum Press, 2013.
BRIET, Suzanne. O que é a documentação. Brasília: Briquet de Lemos, 2016. E-book.
BUCKLAND, Michael. Information as thing. Journal of the American Society of Information Science, 42:5, June 1991, p. 351-360.
CAMARGO, Ana Maria de Almeida. Arquivos Pessoais são arquivos. Revista do Arquivo Público Mineiro, Belo Horizonte, n. 2, p. 26-39, jul./dez. 2009.
__________. Sobre o valor histórico dos documentos. Revista do Arquivo do Município
de Rio Claro, Rio Claro, n. 1, p. 11-17, 2003.
CAMARGO, Ana Maria de Almeida; GOULART, Silvana. Tempo e circunstância: a abordagem contextual dos arquivos pessoais: procedimentos metodológicos adotados na organização dos documentos de Fernando Henrique Cardoso. São Paulo: Instituto Fernando Henrique Cardoso, 2007.
COHEN, Renato. Performance como linguagem: criação de um tempo-espaço de experimentação. São Paulo: Perspectiva, 2002.
DANTO, Arthur C. Marcel Duchamp e o fim do gosto: uma defesa da arte contemporânea. ARS (São Paulo), v.6, n.12, p. 15-29, jul./dez. 2008.
DELMAS, Bruno. Arquivos para quê? Textos escolhidos. São Paulo: Instituto Fernando Henrique Cardoso, 2010.
FROHMANN, Bernd. O caráter social, material e público da informação. In: FUJITA, M.;MARTELETO, R.; LARA, M. (orgs.). A dimensão epistemológica da ciência da informação e suas interfaces técnicas, políticas e institucionais nos processos de produção, acesso e disseminação da informação. São Paulo: Cultura Acadêmica; Marília: Fundepe, 2008. p.19-34.
GLUSBERG, Jorge. A arte da performance. São Paulo: Perspectiva, 2013.
MELIM, Regina. Performance nas artes visuais. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. A história, cativa da memória? Para um mapeamento da memória no campo das Ciências Sociais. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 34, p. 9-23, 31 dez. 1992.
NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História: revista do Programa de Estudos Pós-graduados em História e do Departamento de História da PUC/SP, São Paulo, n.10, p. 7-28, dez. 1993.
NORTON, Louise. The Richard Mutt Case, Blind Man, n. 2, New York, may 1917, p. 4-6. Disponível em: http://sdrc.lib.uiowa.edu/dada/blindman/2/images/blindman_no.2_05.pdf. Acesso em: 2 jan. 2019.
OTLET, Paul. Tratado de Documentação. Otlet, Paul (1868–1944). Tratado de documentação: o livro sobre o livro teoria e prática. Brasília: Briquet de Lemos, 2018.
PHELAN, Peggy. A ontologia da Performance: representação sem reprodução. Revista de Comunicação e Linguagens, Lisboa, n. 24, p. 171-191, 1997.
RENATO Cohen. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/
pessoa256193/renato-cohen. Acesso em: 19 de Dez. 2018. Verbete da Enciclopédia.
ROMS, Heike. Archiving Legacies: who cares for performance remains. In: BORGGREEN, Gunhild; GADE, Rune (eds.). Performing Archives. Archives of performing. Copenhagen: Museum Tusculanum Press, 2013.p. 35-52.
TOMKINS, Calvin. Duchamp: uma biografia. São Paulo: Cosac &Naify, 2004.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2019 Ana Cláudia Lara dos Santos Coelho, Vitor Manoel Marques da Fonseca, Elisabete Gonçalves de Souza
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
El autor debe garantizar:
que existe un consenso total de todos los coautores para aprobar la versión final del documento y su presentación para su publicación.
que su trabajo es original, y si se han utilizado el trabajo y / o las palabras de otras personas, estos se han reconocido correctamente.
El plagio en todas sus formas constituye un comportamiento editorial poco ético y es inaceptable. Encontros Bibli se reserva el derecho de utilizar software o cualquier otro método para detectar plagio.
Todas las presentaciones recibidas para su evaluación en la revista Encontros Bibli: revista electrónica de biblioteconomía y ciencias de la información pasan por la identificación del plagio y el auto-plagio. El plagio identificado en los manuscritos durante el proceso de evaluación dará como resultado la presentación de la presentación. En el caso de identificación de plagio en un manuscrito publicado en la revista, el Editor en Jefe llevará a cabo una investigación preliminar y, si es necesario, la retractará.
Esta revista, siguiendo las recomendaciones del movimiento de Acceso Abierto, proporciona su contenido en Acceso Abierto Completo. Por lo tanto, los autores conservan todos sus derechos, permitiendo a Encontros Bibli publicar sus artículos y ponerlos a disposición de toda la comunidad.
Los contenidos de Encontros Bibli están licenciados bajo Licencia Creative Commons 4.0.
Cualquier usuario tiene derecho a:
- Compartir: copiar, descargar, imprimir o redistribuir material en cualquier medio o formato
- Adaptar: mezclar, transformar y crear a partir del material para cualquier propósito, incluso comercial.
De acuerdo con los siguientes términos:
- Atribución: debe otorgar el crédito apropiado, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se han realizado cambios. Debe hacerlo bajo cualquier circunstancia razonable, pero de ninguna manera sugeriría que el licenciante lo respalde a usted o su uso.
- Sin restricciones adicionales: no puede aplicar términos legales o medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otros de hacer cualquier cosa que permita la licencia.