Educação a distância como ferramenta de inclusão social e digital.
DOI:
https://doi.org/10.5007/1518-2924.2019.e58846Palavras-chave:
Educação a distância, Inclusão social, Inclusão digital, UFPBResumo
Apresenta a modalidade de ensino superior a distância como uma possibilidade de inclusão social e digital. A partir de 2006, com a regulamentação da educação a distância (EAD) em instituições federais de ensino superior, foi possível ter uma expansão significativa no número de vagas oferecidas, e a EAD, antes vista como uma educação marginalizada e sem reconhecimento, agora se apresenta como uma possibilidade concreta de uma educação de qualidade. O objetivo do artigo foi identificar como o acesso aos cursos de ensino superior a distância pode contribuir no processo de inclusão social e digital de pessoas residentes em pequenas cidades do Nordeste. Para isso, realizou-se uma pesquisa quanti-qualitativa com 42 ingressos do curso de licenciatura em Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba. Evidencia-se que a EAD pode se tornar uma das opções mais adequadas para algumas pessoas que possuem fatores limitantes, como trabalho em tempo integral, ausência de tempo para dedicação exclusiva a graduação presencial ou residem em locais que não possuem proximidade com as universidades públicas tradicionais. Ademais, não ter um computador com acesso à internet ou julgar não ter habilidade em manusear as tecnologias necessárias para participar de um curso a distância, podem ser motivos que limitam o interesse de algumas pessoas, as quais eventualmente são de classes sociais desfavorecidas ou tiveram pouco contato com a tecnologia. Os estudantes ainda percebem que há preconceito ou discriminação da sociedade por realizarem um curso a distância, mas reconhecem que se sentem socialmente incluídos, esperam ser incorporados pelo mercado de trabalho e não acreditam que haja distinção das empresas em relação a EAD.
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