v. 21 n. 2 (2022): Dossiê A recepção de À Paz Perpétua / The reception of Toward Perpetual Peace

A publicação da obra À paz perpétua de Immanuel Kant em 1795 é um marco na história do direito internacional e reaviva um debate na filosofia política entre realistas (equilíbrio de poder) e idealistas (ética). Kant situa-se numa posição intermediária entre eles; além disso, de um lado se defende um Estado global, de outro se critica o estabelecimento de quaisquer instituições para mediar conflitos. Depois da publicação do opúsculo, pensadores como Jürgen Habermas afirmam que tal projeto ganhou espaço na realidade concreta com a fundação da Liga das Nações em 1919 e sua refundação como Organização das Nações Unidas em 1945. Mas depois de mais de duzentos anos de sua formulação original a proposta precisa de revisões conceituais em importantes aspectos. Por essa razão, a ethic@ - Revista Internacional de Filosofia da Moral está publicando um Dossiê a respeito da recepção de À paz perpétua desde a sua publicação até os dias atuais. A história da recepção dessa obra de Kant é ampla e inclui de resenhas publicadas em periódicos da época de Kant por pensadores como Friedrich Schlegel, Johann Gottlieb Fichte, Friedrich Schütz, Joseph Görres, Friedrich Gentz, até estudos por pensadores contemporâneos como Jürgen Habermas e Axel Honneth.

Publicado: 2022-11-04