O gosto pela produção escrita de contos fantásticos na escola

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2023.e89783

Palavras-chave:

Gostatividade, Produção escrita, Contos fantásticos, Sequências didáticas

Resumo

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que objetivou compreender como o fenômeno da gostatividade pelo gênero conto fantástico pode despertar o interesse de alunos para a produção escrita. O estudo seguiu o delineamento da pesquisa-ação e foi desenvolvido com 27 alunos do 7º ano do Ensino Fundamental II, em uma escola pública municipal da cidade de Buerarema-BA. Os dados foram coletados a partir da aplicação de cinco instrumentos: observação participante, entrevista, diário de campo, sequências didáticas (que se configuraram como projeto de intervenção) e questionário avaliativo. O aporte teórico toma como referência estudos sobre gostatividade, ensino de produção textual na escola, ensino de literatura e literatura fantástica. Os resultados corroboram a hipótese de que os alunos se sentem mais interessados em produzir gêneros textuais com os quais mais se identificam, o que se articula com o conceito de gostatividade aplicado aos espaços de ensino e aprendizagem.

Biografia do Autor

Roberta Leal Lopes, Universidade Estadual de Santa Cruz

Graduada em Letras pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2003). Possui especialização em Leitura, Interpretação e Produção de Texto pela Faculdade do Sul da Bahia (2007) e especialização em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira pela Faculdade Vale do Cricaré (2013). É mestra em Língua Portuguesa pelo programa PROFLETRAS, na Universidade Estadual de Santa Cruz (2020). É professora da Escola Municipal José Nery Constant e professora do Colégio Estadual Treze de Junho e é membro do Grupo de Pesquisa Emofor (Emoção e Formação). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Língua Portuguesa e Espanhola e suas Literaturas.

Rogério Soares de Oliveira, Universidade Estadual de Santa Cruz

Graduado em Letras (Português-Espanhol), pela Universidade Estadual de Santa Cruz (1999), especialista em Língua Espanhola, pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2003), Mestre em Educação e Contemporaneidade, pela Universidade do Estado da Bahia (2008) e Doutor em Didáctica das Línguas e das Literaturas, pela Universidade Complutense de Madrid (2013). Atualmente é professor do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santa Cruz, onde atua como professor permanente do Programa de Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS); é coordenador do Curso de Graduação em Letras Vernáculas, modalidade EAD. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Ensino-Aprendizagem de Língua Portuguesa e Língua Espanhola. Na pesquisa, atua nas áreas de formação de professores, didatização da escrita e educação a distância. Membro dos Grupos de Pesquisa PROELE - Formação do professor de espanhol em contexto latino-americano e EMOFOR - Emoção e Formação.

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Publicado

2024-03-06

Edição

Seção

Artigo