Mercantilização de órgãos humanos para transplantes intervivos sob a ótica da bioética social
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2012v9n2p123Resumo
A compra e venda de órgãos humanos para transplantes provenientes de doadores vivos vem sendo pauta de discussão mundial no debate bioético, tornando-se um problema de saúde pública. O presente ensaio discute, à luz da Bioética Social, os argumentos utilizados para justificar tais práticas, que giram em torno do bem comum, da pluralidade moral, da autonomia e da liberdade individual. Tais vertentes justificativas assumem caráter liberalista e utilitarista, apresentam possibilidade de duplo standard, não consideram a vulnerabilidade social e ferem a dignidade e os direitos humanos, evidenciando-se uma apologia às leis de mercado. Desta forma, as justificativas para a compra e venda intervivos de órgãos humanos para transplantes acabam por transformar o corpo, ou parte dele, em mercadoria.
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