Percepções do agenda-building na Capricho: a violência de gênero como dado cotidiano
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-6924.2024.101108Palavras-chave:
Violência de gênero, Agenda-building, CaprichoResumo
Este artigo se origina de pesquisa ampla que discute o agendamento da violência de gênero na imprensa feminina brasileira. Com auxílio de uma bibliografia que correlaciona os estudos do agendamento e do cotidiano com a teoria feminista pós-estruturalista, o trabalho investiga os processos de construção de agenda, também conhecido como agenda-building, no site da Capricho, uma das principais revistas brasileiras para o público adolescente. Para a discussão aqui realizada, foi analisado um corpus formado de publicações veiculadas na subeditoria “Violência” entre os meses de setembro de 2021 e setembro de 2022. Combinando os métodos de análise de conteúdo e estudo de caso, a investigação apontou, entre outros achados, para a percepção recorrente da violência de gênero como um dado cotidiano.
Referências
ARAÚJO, R.; LOPES, F. Olhando o agenda-building nos textos de saúde: um estudo dos canais de fontes e fontes de informação. In: 8º CONGRESSO SOPCOM: Comunicação Global, Cultura e Tecnologia, Lisboa, 2013. Disponível em: https://abrir.link/SCevK. Acesso em: 15 out. 2024.
BANDEIRA, L. M. Violência de gênero: a construção de um campo teórico e de investigação. Revista Sociedade e Estado, Brasília, v. 29, n. 2, p. 449-470, maio/ago. 2014. Disponível em: https://abrir.link/jKhho. Acesso em: 15 out. 2024.
BUITONI, D. Imprensa feminina. São Paulo: Ática, 1986.
BUTLER, J. Problemas de gênero. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018. E-book.
CAMPONEZ, C.; FERREIRA, G.; RODRIGUEZ-DÍAZ, R. (Orgs.). Estudos do agendamento: teoria, desenvolvimentos e desafios – 50 anos depois. Covilhã: Livros LabCom, 2020.
CHAFFEE, S. H.; METZGER, M. J. The end of mass communication? Mass Communication and Society, v. 4, n. 4, p. 365-379, 2001. Disponível em: https://abrir.link/ZRuta. Acesso em: 15 out. 2024.
COBB, R.; ROSS, J. K.; ROSS, M. H. Agenda building as a comparative political process. The American Political Science Review, v. 70, n. 1, p. 126-138, 1976. Disponível em: https://doi.org/10.1017/S0003055400264034. Acesso em: 20 jun. 2024.
FREIRE FILHO, J. Em cartaz, as garotas superpoderosas: a construção discursiva da adolescência feminina na revista Capricho. Revista Fronteiras - Estudos Midiáticos, São Leopoldo, v. 3, n. 2, p. 102-111, mai./ago. 2006.
FREIRE FILHO, J. Reinvenções da resistência juvenil: os estudos culturais e as micropolíticas do cotidiano. Rio de Janeiro: Mauad X, 2007.
HASAN, V. El ingreso de la agenda feminista a la agenda de los medios. La Trama de la Comunicación, v. 20, n. 2, p. 127-143, 2016. Disponível em: http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1668-56282016000200007. Acesso em: 28 set. 2023.
HOOKS, B. Teoria feminista: da margem ao centro. São Paulo: Perspectiva, 2019.
LOURO, G. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 1997.
LIPPMANN, W. Opinião pública. Petrópolis: Vozes, 2008.
MAFFESOLI, M. O conhecimento comum. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985.
MAFFESOLI, M. A dinâmica da violência. Tradução de Cristina M. V. França. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1987.
MCCOMBS, M. A teoria da agenda: a mídia e a opinião pública. Petrópolis: Vozes, 2009.
MCCOMBS, M.; SHAW, D. The agenda-setting function of mass media. Public Opinion Quarterly, v. 36, n. 2, p. 176-187, 1972.
MEDEIROS, C. M. T. Jovens e divas: construção do feminino na mídia contemporânea. 2015. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Cultura) – Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.
MORAES, R. Análise de conteúdo. Revista Educação, Santa Maria, v. 22, n. 37, p. 7-32, 1999. Disponível em: https://abrir.link/OnFWf. Acesso em: 15 out. 2024.
SARDENBERG, C. M. B. O pessoal é político: conscientização feminista e empoderamento de mulheres. Inclusão Social, Brasília, v. 11, n. 2, p.15-29, jan./jun. 2018. Disponível em: https://abrir.link/CKKnF. Acesso em: 15 out. 2024.
SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Revista Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, jul./dez. 1995. Disponível em: https://abrir.link/DhqWe. Acesso em: 15 out. 2024.
TRAQUINA, N. Teorias do jornalismo. Volume II: A tribo jornalística – uma comunidade interpretativa transnacional. Florianópolis: Insular, 2005.
VARONA, D.; GABARRÓN, N. El tratamiento mediático de la violencia de género en España (2000-2012): agenda setting y agenda building. InDret, Barcelona, n. 2, abr. 2015. Disponível em: https://abrir.link/YyxSr. Acesso em: 15 out. 2024.
VIANNA, B. Construções das agendas midiáticas de gênero na imprensa feminina: Uma análise das coberturas de violência em Capricho e Marie Claire. Dissertação (Mestrado em Mídia e Cotidiano). Instituto de Artes e Comunicação Social – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2024.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Ao encaminhar textos à revista Estudos em Jornalismo e Mídia, o autor estará cedendo integralmente seus direitos patrimoniais da obra à publicação, permanecendo detentor de seus direitos morais (autoria e identificação na obra), conforme estabelece a legislação específica. O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação. As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista. Citações e transcrições são permitidas mediante menção às fontes. A revista Estudos em Jornalismo e Mídia está sob a Licença Creative Commons