Memory and testimony in journalistic books

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2023.e90088

Keywords:

Memory, Testimony, Narrative Journalism

Abstract

The new changes in the journalistic field provided the expansion of the journalists' authorial productions from the productions in books, as was the case of the journalists Zuenir Ventura and Teresa Urban who made the events of 1968, in Brazil, a platform to reconcile, in the narrative , elements such as memory and testimony. In her books – she in an articulation between comics and collage; he in a report, with the flirtation of the chronicle on the border of the testimony – ended up producing two “live” documents that represent border journalism, in which information, history and literature form a set that defies the rigidity of journalistic language. We aim, therefore, to analyze the narrative of the books 1968 – The year that has not ended and 1968 dictatorship below from two methodological operators, which are memory and testimony. The books allow approximations between operators, showing how it is possible to combine experience, history and reports in a borderline perspective of the language that addresses narrative journalism.

Author Biographies

Marta Regina Maia, Universidade Federal de Ouro Preto

Professora Associada do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFOP e vice-líder do Grupo de Pesquisa "Ponto: afetos, gêneros, narrativas". 

José Carlos Fernandes, Universidade Federal do Paraná

Journalist. Doctor and Master in Literary Studies. Professor of the Journalism course at UFPR and professor at the PPGCom at UFPR.

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Published

2023-09-19