Oralidade e Memória: a função das narrativas na educação

Autores

  • Lucia Rocha Ferreira Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-795X.2014v33n1p27

Resumo

Este artigo analisa a relação entre história e narrativa, investigando suas relações recíprocas. Há um sentido comum entre ambas, pois é possível circunscrever a narrativa como história e a história como narrativa. O caráter notadamente formativo da narrativa é dado por sua intenção simultaneamente lúdica e educativa. Com esse intuito, esta investigação desdobra-se nos seguintes aspectos: origem e função da narrativa; o elemento mítico; o aspecto da oralidade; o prazer da narrativa na relação entre o narrador e o ouvinte. Dessa forma, tem-se a sua relação com a educação, compreendida no sentido amplo de formação. Nesse plano, o sentido aqui analisado de história será aquele que se instaura como arte de narrar. Para tanto, do ponto de vista metodológico, serão analisadas passagens dos poemas de Homero e Hesíodo, buscando identificar os elos que unem a poesia à narrativa. Eles colocam em cena, entre suas personagens, aspectos fundamentais da arte de narrar, que entrelaçam memória e saber, revelando o aspecto técnico da imagem poética, ou seja, a construção da linguagem da narrativa. Desse modo, será possível mostrar como, já no universo da cultura clássica, oralidade e memória vinculam-se de modo essencial e inscrevem uma perspectiva formativa como arte de narrar e de ouvir.

Biografia do Autor

Lucia Rocha Ferreira, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo (USP). Professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

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Publicado

2015-06-18

Como Citar

Rocha Ferreira, L. (2015). Oralidade e Memória: a função das narrativas na educação. Perspectiva, 33(1), 27–53. https://doi.org/10.5007/2175-795X.2014v33n1p27

Edição

Seção

Dossiê Professor Alfabetizador: Formação Ensino e Aprendizagem