Quem conta um conto aumenta muito mais que um ponto: narrativa, produção de si e gênero na produção fílmica com crianças pequenas
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2015v33n3p1069Resumo
Analisando as performances narrativas do conto Chapeuzinho Vermelho de três crianças pequenas (2 a 4 anos de idade) frente à câmera filmadora, este artigo apresenta e discute o modo como essas narrativas tanto expressam quanto constituem o mundo e os sujeitos narradores. Variando na forma narrativa, no conteúdo e nos personagens clássicos do conto, essas performances narrativas revelam como as crianças narradoras entendem e dinamizam relações: entre seus pares (atentando especialmente para as relações de gênero – gender); com outros seres (imaginários ou não); e com o próprio gênero narrativo. A análise aponta para como, através dessas narrativas, estão testando possibilidades (de e entre seres, de linguagens, de fórmulas narrativas, de interação e estética). Chama-se a atenção para a capacidade transformativa e criativa presente nas performances narrativas de crianças pequenas e do aspecto filosófico do seu pensamento. Dessa forma, narrando frente à câmera e à plateia, fazem-se sujeitos: produzem a si mesmas e o mundo.
More then just telling tales: narrative, self production and gender/genre in film production with small children
Abstract
Through an analysis of the narratives of three small children playing with a video camera, the article presents and discusses the way that small children both express and produce themselves. As they vary the narrative form, the plot, and the characters of Little Red Riding Hood, these children's performances reveal how they understand and catalyze relations with their peers (especially subverting gender relations), with other beings (human, animal, imaginary beings etc.), and with narrative genre. Through these narratives they test the possibilities of beings, of interaction, and of language, opening a range of possibilities for an aesthetic of self. Based on an extensive background of film production with children, I point out the philosophical aspects of this production, showing how the performative and creative capacity of children open a space where they represent them selves. Narrating for the camera or for an audience, these children turn themselves into social subjects, thus producing themselves and the world.
Keywords: Small Children. Narrative Performance. Digital Media.
El cuento va más allá de lo contado: la narrativa, la producción de sí mismo, y el género en la producción cinematográfica con niños pequeños
Resumen
Analizando de las narrativas de Caperucita Roja contadas por tres niños pequeños (2-4 años) en frente de la videocámara, este artículo presenta y discute cómo estas narrativas tanto expresan el mundo y como constituyen a sus narradores como sujetos. Estas actuaciones narrativas revelan cómo los pequeños narradores entienden y crean relaciones: entre pares (con especial atención a las relaciones de género); con otros seres (de ficción o no); y con su propio género narrativo. Los análisis apunta a las posibilidades de cómo, a través de estos relatos, están probando posibilidades (entre los seres, los idiomas, las fórmulas narrativas, la interacción y la estética). Llama la atención sobre la capacidad transformadora y creativa de este interpretaciones narrativas de los niños pequeños y el aspecto filosófico de su pensamiento. Por lo tanto, haciendo la narración delante de la cámara y del público, se convierten en sujetos: producen ellos mismos y el mundo.
Palabras claves: Primera Infancia. Narrativa. Género.
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