Processos e tensões da democratização na educação estética na Argentina: a Revista de Educación entre os anos 1960-1970
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2020.e66756Resumo
Este artigo analisa os discursos produzidos em torno dos corpos e das sensibilidades em um artefato cultural de incidência massiva que circulou nos processos de escolarização e que tiveram significados estéticos e políticos na Argentina, na segunda metade do século XX. Assumindo que a estética escolar é um registro constitutivo da escola destinado à formação de sensibilidades coletivas e que, portanto, busca reordenar as sensações, valores e moralidades em determinadas sensibilidades, produzindo uma “educação sentimental” a partir da formação de subjetividades, nos interessa, assim, analisar a Revista de Educación, publicada pelo Ministério da Educação da província de Buenos Aires, nas décadas de 1960 e 1970. No período abordado, tem lugar uma tensão entre dois processos existentes, antagônicos e de mútuo desafio: uma corrente de democratização e outra de restrição conservadora. Ambas as correntes disputaram em torno do significante “modernização”, tentando articular esse significante vazio com diferentes noções para dominar o campo discursivo. A segunda metade do século XX foi marcada pelo debate cultural, foi alterada pelo questionamento de rituais sociais, formas de parentalidade e os laços intergeracionais, enquadrados na proliferação dos meios e linguagens próprios da expansão da sociedade de massas. Estes eventos tiveram um impacto direto no desencadeamento da crise do formato educacional tradicional, expandindo mídias e linguagens de transmissão cultural e articulando a demanda pela renovação dos conteúdos e dos meios para a filiação que produz o ensino.Referências
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