A (IM)POSSIBILIDADE DO MAPA
Resumo
Este texto apresenta o processo de uma pesquisa de doutorado em Educação concluída em 2018 e desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina. Nessa pesquisa a cartografia escolar e suas linguagens são consideradas um problema, seja pela reprodução como imagem estática dos fenômenos espaciais, seja como discurso que fixa a leitura do mundo. Porém, mais do que definir outro meio didatizante de ensinar cartografia, esta tese optou pela criação de resistências na educação geográfica ao se aproximar da arte contemporânea. O que pode a arte contemporânea diante do que parece não se mover com a cartografia escolar? Práticas pedagógicas foram propostas na Educação Básica e no Ensino Superior a partir da seleção de obras de arte contemporânea que possuíam elementos da cartografia em suas imagens ou processos criativos. Foram criados no processo de construção da tese dois movimentos: o primeiro como espectadora das obras de artistas reunidos em torno do problema elaborado e da construção de práticas pedagógicas; e um segundo ao de-formar a docência em Geografia com a participação em oficinas de colagens, gravuras e bordados com a intenção de experimentar a possibilidade de, além de espectadora e professora de Geografia, criar outras estéticas cartográficas. Exercitou-se o pensamento pela potência dessas ferramentas artísticas aproximadas dos elementos e objetos da educação geográfica como parte de um processo formativo emaranhado pela arte e pela educação. Ao afirmar o desejo de operar com as imagens cartográficas como expressão e sensação, traçou-se sobre a cartografia escolar possibilidades outras de exercitar a imaginação e outros modos de ler e apresentar o mundoReferências
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