Quais são as características que influenciam o tempo sentado em universitários?
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-0037.2022v24e84369Palavras-chave:
Brasil, Estudos transversais, Estilo de vida, Comportamento sedentário, EstudantesResumo
O objetivo foi estimar a associação entre as características sociodemográficas, de vínculo com a universidade, comportamentais, biológicas e de autoavaliação relacionada a saúde, com o tempo sentado em universitários de instituições federais do estado da Bahia, Brasil. Este estudo transversal foi realizado com universitários de seis instituições (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Oeste da Bahia, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Universidade Federal do Vale do São Francisco e Universidade Federal do Sul da Bahia) do estado da Bahia em 2019. Foi investigado o tempo sentado em horas/dia em relação as variáveis sociodemográficas, de vínculo com a universidade, comportamentais, biológicas e de autoavaliação do estresse e saúde. Empregou-se a análise de caminhos por meio da regressão linear múltipla. O nível de significância foi de 5%. Participaram do estudo 1.217 universitários. O modelo final explicou 6% do tempo sentado. Os universitários que autoavaliaram a saúde como positiva (?: -0,117; p: <0,001), aqueles com maior idade (?: -0,115; p: <0,001) e que apresentam mais tempo de prática de atividades físicas (?: -0,113; p: <0,001) apresentaram diminuição do tempo sentado. O aumento da quantidade de hábitos alimentares inadequados (?: 0,063; p: 0,032) favoreceu o aumento do tempo sentado. Os índices de ajuste foram satisfatórios. Concluiu-se que a autoavaliação da saúde como positiva, o avanço da idade e a prática de atividades físicas foram determinantes da redução do tempo sentado, por outro lado, os comportamentos alimentares irregulares favoreceram o sedentarismo.
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