A maturação sexual e o desempenho influenciam a carga de treinamento de atletas de atletismo?
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-0037.2019v21e60662Resumo
É necessário esclarecer se a maturação biológica e o desempenho no atletismo podem modular a PSE da sessão. O objetivo do presente estudo foi verificar se a maturidade biológica e o desempenho específico no atletismo podem estar associados à carga de treinamento (método de PSE da sessão). Setenta e cinco jovens atletas (13-15 anos) de ambos os sexos participaram do presente estudo. O protocolo experimental durou sete dias consecutivos. Testes de desempenho (75 m de corrida, salto em distância, 250 m de corrida, arremesso de peso e 1000 m de corrida) foram feitos no primeiro dia. Após 48 horas, cinco dias de treinamento de atletismo foram prescritos, cada dia representa um treinamento de cada teste de desempenho. Todas as sessões de treinamento tiveram a mesma duração (120 min). O valor da carga de treinamento foi obtido multiplicando o valor do PSE com a duração da sessão de treinamento (em minutos). Para as meninas, a carga de treinamento de 250 m foi correlacionada com a maturidade biológica (r = -0,36, p = 0,02, n = 37) e desempenho específico (r = 0,33, p = 0,04, n = 37). Todas as outras análises indicam que a maturidade biológica e o desempenho específico no atletismo não influenciam a carga de treinamento com base no método da PSE da sessão. A carga de treinamento com base na PSE da sessão não é influenciada pela maturidade biológica e desempenho específico no atletismo, portanto, pode ser usada para controlar a carga de treinamento de jovens atletas de atletismo. Para as meninas é necessário cuidado para controlar a intensidade das sessões de treino de 250m de corrida.
Referências
Borresen J, Lambert MI. The quantification of training load, the training response and the effect on performance. Sport Med 2009;39(9):779–95.
Meeusen R, Duclos M, Foster C, Fry A, Gleeson M, Nieman D, et al. Prevention, diagnosis and treatment of the overtraining syndrome: Joint consensus statement of the European College of Sport Science (ECSS) and the American College of Sports Medicine (ACSM). Eur J Sport Sci 13:1–24.
Foster C, Daines E, Hector L, Snyder AC, Welsh R. Athletic performance in relation to training load. Wis Med J 1996;95(6):370–4.
Foster C, Florhaug JA, Franklin J, Gottschall L, Hrovatin LA, Parker S, et al. A new approach to monitoring exercise training. J Strength Cond Res 2001 Feb;15(1).
Suzuki S, Sato T, Maeda A, Takahashi Y. Program design based on a mathematical model using rating of perceived exertion for an elite japanese sprinter: acase study. J Strength Cond Res 2006;20(1):36–42.
Cruz R, Bertuzzi RC, Alves DL, Azevedo R, Castro PH, Freitas JV, et al. Factors determining 800-m running performance in young male athletes. J Sports Med Phys Fitness 2018;58(6).
Lambert M, Borresen J. A theoretical basis of monitoring fatigue: a practical approach for coaches. Int J Sports Sci Coach 2006;1(4):371–88.
Cruz R, Alves DL, Azevedo R, Bertuzzi R, De-Oliveira FR, Lima JRP. Monitoring the training intensity and recovery with a psychometrics approach: a gender comparison with young athletes. Motriz: J Phys Ed 2017;23(3):1–5.
Figueiredo AJ, Coelho e Silva MJ, Malina RM. Predictors of functional capacity and skill in youth soccer players. Scand J Med Sci Sports 2011;21(3):446–54.
Leonardi TJ, Paes RR, Breder L, Foster C, Gonçalves CE, Carvalho HM. Biological maturation, training experience, body size and functional capacity of adolescent female basketball players: A Bayesian analysis. Int J Sports Sci Coach 2018;1747954118772489.
Malina RM, Bouchard C, Bar-Or O. Growth, maturation, and physical activity. Human Kinetics; 2004.
Sherar LB, Cumming SP, Eisenmann JC, Baxter-Jones ADG, Malina RM. Adolescent biological maturity and physical activity: biology meets behavior. Pediatr Exerc Sci 2010;22(3):332–49.
Cripps AJ, Joyce C, Woods CT, Hopper LS. Biological maturity and the anthropometric, physical and technical assessment of talent identified U16 Australian footballers. Int J Sports Sci Coach 2017;12(3):344–50.
Marcelino PR, de Arruda AFS, Oliveira R de, Saldanha Aoki M, Freitas CG, Moreira A. ¿ El nivel de condición física puede influir en la magnitud de la carga interna del entrenamiento en jóvenes jugadores de baloncesto? Rev Andaluza Med del Deport 2013;6(3):115–9.
Manzi V, D’Ottavio S, Impellizzeri FM, Chaouachi A, Chamari K, Castagna C. Profile of Weekly Training Load in Elite Male Professional Basketball Players. J Strength Cond Res 2010;24(5):1399–406.
Milanez VF, Pedro RE, Moreira A, Boullosa DA, Salle-Neto F, Nakamura FY. The role of aerobic fitness on session rating of perceived exertion in futsal players. Int J Sport Physiol Perform 2011;6(3):358–66.
MacDougall JD, Wenger HA, Green HJ. Physiological testing of the high-performance athlete. Champaign, Ill.: Human Kinetics Books; 1991.
Khamis HJ, Roche AF. Predicting adult stature without using skeletal age: the Khamis-Roche method. Vol. 94, Pediatrics. Am Acad Pediatrics; 1994. p. 504–7.
Khamis HJ, Roche AF. Growth Outcome of “Normal” Short Children who are Retarded in Skeletal Maturation. J Pediatr Endocrinol Metab 1995;8(2):85–96.
Bidaurrazaga-Letona I, Carvalho HM, Lekue JA, Santos-Concejero J, Figueiredo AJ, Gil SM. Longitudinal field test assessment in a Basque soccer youth academy: A multilevel modeling framework to partition effects of maturation. Int J Sports Med 2015;36(3):234–40.
Valente-Dos-Santos J, Coelho-E-Silva MJ, Machado-Rodrigues AM, Elferink-Gemser MT, Malina RM, Petroski ÉL, et al. Prediction equation for lower limbs lean soft tissue in circumpubertal boys using anthropometry and biological maturation. Plos One 2014;9(9):e107219.
Los Arcos A, Martínez-Santos R, Yanci J, Mendiguchia J, Méndez-Villanueva A. Negative associations between perceived training load, volume and changes in physical fitness in professional soccer players. J Sports Sci Med 2015;14(2):394.
Halson SL. Monitoring Training Load to Understand Fatigue in Athletes. Vol. 44, Sports Medicine. Springer; 2014. p. 139–47.
Hegge AM, Myhre K, Welde B, Holmberg HC, Sandbakk Ø. Are gender differences in upper-body power generated by elite cross-country skiers augmented by increasing the intensity of exercise? Plos One 2015;10(5):e0127509.
Sandbakk Ø, Ettema G, Holmberg H. Gender differences in endurance performance by elite cross?country skiers are influenced by the contribution from poling. Scand J Med Sci Sports 2014;24(1):28–33.
Seiler S, De Koning JJ, Foster C. The fall and rise of the gender difference in elite anaerobic performance 1952-2006. Med Sci Sports Exerc 2007;39(3):534.
Weber CL, Chia M, Inbar O. Gender differences in anaerobic power of the arms and legs-a scaling issue. Med Sci Sports Exerc 2006;38(1):129.
Yanci J, Cámara J, Vizcay JJ, Young WB. Examining age and gender effects in physical performance in young athletes aged 12–16 years. Int J Sports Sci Coach 2016;11(4):538–44.
Jones MA, Hitchen PJ, Stratton G. The importance of considering biological maturity when assessing physical fitness measures in girls and boys aged 10 to 16 years. Ann Hum Biol 2000;27(1):57–65.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais, desde que seja dada a atribuição. Esta obra foi licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional - CC BY
