A flexibilidade em adolescentes - um contributo para a avaliação global

Autores

  • Domingos José Lopes da Silva Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do do
  • José Augusto Rodrigues dos Santos Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do do
  • Bruno Miguel Paz Mendes de Oliveira Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

DOI:

https://doi.org/10.1590/%25x

Resumo

O presente estudo pretendeu avaliar a flexibilidade de adolescentes de ambos os sexos, envolvendo diversos grupos articulares e regiões corporais, comparar meninos com meninas, estabelecer, por intermédio da análise factorial, correlações inter-provas de flexibilidade, de modo a obter explicações do resultado nas variáveis originais, e verificar quais as componentes principais que, pela redução do número de variáveis correlacionadas, são susceptíveis de explicar uma maior variabilidade total. A amostra é constituída por 52 sujeitos, dos quais 28 são do sexo feminino e 24 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos. A bateria utilizada para avaliação da flexibilidade é formada por oito testes: sentar e alcançar (SA), sentar e alcançar em V (V-SA), flexão do tronco à frente em pé (FTFP), extensão do tronco (ET), extensão do tronco e braços (ETB), flexão lateral do tronco (FLT-D e FLT-E), alcançar as mãos atrás das costas (AMAC-D e AMAC-E) e agachar e alcançar atrás (AAA). Os principais resultados apontam, de um modo geral, para um equilíbrio entre os dois sexos quanto à capacidade de realizar movimentos amplos. Existe uma forte associação: 1) entre as provas com características técnicas similares, o que parece indiciar a não necessidade de uso cumulativo destas provas, e 2) entre aquelas que apresentam efeitos directos sobre a lateralidade, AMAC-D/AMAC-E (excepto meninos) e FLT-D/FLT-E. A prova AAA não se associa com nenhuma prova realizada, particularmente no grupo dos meninos. A análise factorial de componentes principais (CP) mostrou que nas meninas 3 componentes, com valor próprio superior a 1, explicam 83,2% da variância total, ao passo que nos meninos são necessárias quatro componentes para explicarem 88,8% da variabilidade total. As provas que mais fortemente se correlacionam com cada uma das componentes principais são: 1) meninos: SA, FTFP, V-SA (CP1), FLT-D, FLT-E (CP2), AMAC-D, AAA (CP3) e ETB, ET (CP4); 2) meninas: AAA, FLT-E, AMAC-D, AMAC-E, FTFP (CP1), V-SA, SA, FTFP (CP2) e ETB, ET (CP3).

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Publicado

2006-06-12

Edição

Seção

Artigos Originais