Prostituição, Direito e Feminismos: reflexão sobre o crime de estupro no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n372212Resumen
Interessa-nos, neste artigo, uma proposição das distribuições de poder e como incidem no posicionamento desigualitário no trabalho sexual e nas possibilidades de ação das trabalhadoras do sexo, em específico, no que diz respeito à violência sexual e ao acesso ao direito. Propomos, subsidiariamente, refletir sobre a dinâmica das relações estabelecidas e perpetuadas pelas trabalhadoras do sexo (e por meio delas) e em que medida essa dinâmica pode conduzir leituras desestabilizadoras da chamada categoria “mulher” na produção feminista hegemônica.
Descargas
Citas
ALVAREZ, Sonia. “Para além da sociedade civil: reflexões sobre o campo feminista”. Cadernos Pagu, Campinas, n. 43, p. 13-56, jan./jun. 2014. Disponível em https://www.scielo.br/pdf/cpa/n43/0104-8333-cpa-43-0013.pdf. Acesso em 15/03/2019.
ANDRADE, Vera Regina Pereira de. “A soberania patriarcal: o sistema de justiça criminal no tratamento da violência sexual contra a mulher”. Sequência, Florianópolis, v. 26, n. 50, p. 71-102, 2005. Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/15185/13811. Acesso em 16/03/2019.
ANDRADE, Vera Regina Pereira de. Pelas mãos da criminologia: o controle penal para além da (des)ilusão. Rio de Janeiro: ICC/Revan, 2012.
BRASIL. Lei n.º 8.072, de 25 de julho e 1990. Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências. Brasília, 1990. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8072.htm.
BRASIL. Lei n.º 11.106, de 28 de março de 2005. Brasília, 2005. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11106.htm.
BRASIL. Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006. Brasília, 2006. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm.
BRASIL. Lei n.º 12.015, de 08 de agosto de 2009. Brasília, 2009. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12015.htm.
BRASIL. Secretaria de Políticas para as Mulheres. Diretrizes Nacionais Feminicídio: investigar, processar e julgar com perspectiva de gênero as mortes violentas de mulheres. Brasília: Imprensa Nacional, 2016.
CASALEIRO, Paula. “O poder do direito e o poder do feminismo: revisão crítica da proposta teórica de Carol Smart”. Ex Aequo, Lisboa, n. 29, p. 39-53, jan./jun. 2014.
CASTILHO, Ela Wiecko Volkmer de. “A criminalização do tráfico de mulheres: proteção das mulheres ou reforço da violência de gênero?”. Cadernos Pagu, Campinas, n. 31, p. 101-124, jul./dez. 2008. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/cpa/n31/n31a06. Acesso em 12/06/2017.
CERQUEIRA, Daniel; COELHO, Danilo de Santa Cruz. Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da saúde. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2014.
COLLINS, Patricia Hill. Black Feminist Thought: Knowledge, Consciousness and the Politics of Empowerment. New York: Routledge, 2008.
CONNELL, Raewyn; PEARSE, Rebecca. Gênero: uma perspectiva global. Compreendendo o gênero - da esfera pessoal à política - no mundo contemporâneo. São Paulo: nVersos, 2015.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo Editora, 2016.
GREGORI, Maria Filomena. “Limites da sexualidade: violência, gênero e erotismo”. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 51, n. 2, p. 575-606, jan. 2008.
GREGORI, Maria Filomena. Prazeres perigosos: Erotismo, gênero e limites da sexualidade. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2016.
HERINGER, Carolina. “Desembargadores mantêm condenação pela Lei Maria da Penha de homem que agrediu prostituta”. Extra, 2016. Disponível em https://extra.globo.com/casos-de-policia/desembargadores-mantem-condenacao-pela-lei-maria-da-penha-de-homem-que-agrediu-prostituta-18892277.html. Acesso 01/10/2018.
KAMPADOO, Kamala; DOEZEMA, Jo. Global sex workers: rights, resistence, and redefinition. Londres: Routledge, 1998.
LOMBROSO, Cesare; FERRERO, Guglielmo. Criminal Woman, the Prostitute, and the Normal Woman. Translated by Nicole Hahn Rafter and Mary Gibson. Durham: Duke University, 2004.
MARDOROSSIAN, Carine. “Toward a New Feminist Theory of Rape”. Signs - Journal of Women in Culture and Society, Chicago, v. 27, n. 3, p. 743-775, Spring 2002.
McCLINTOCK, Anne. “Sex Workers and Sex Work: Introduction”. Social Text, Durham, n. 37, p. 1-10, Winter 1993a. Disponível em https://www.jstor.org/stable/466255?seq=1. Acesso em 10/02/2019.
McCLINTOCK, Anne. “Maid to Order: Commercial Fetishism and Gender Power”. Social Text, Durham, n. 37, p. 87-116, Winter 1993b. Disponível em https://www.jstor.org/stable/466262. Acesso em 10/02/2019.
OLIVAR, José Miguel Nieto. “Prostituição feminina e direitos sexuais... diálogos possíveis?”. Sexualidad, Salud y Sociedad, Rio de Janeiro, n. 11, p. 88-121, ago. 2012. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/sess/n11/a05n11.pdf. Acesso em 15/11/2020.
PIMENTEL, Silvia; SCHRITZMEYER, Ana Lúcia; PANDJIARJIAN, Valéria. Estupro ou “cortesia”? Abordagem sociojurídica de gênero. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 1998.
PISCITELLI, Adriana. “Apresentação: gênero no mercado do sexo”. Cadernos Pagu, Campinas, n. 25, p. 7-23, jul./dez. 2005. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-83332005000200001&script=sci_arttext. Acesso em 15/01/2018.
REDTRASEX. Red de Mujeres Trabajadoras Sexuales de Latinoamérica y el Caribe. Estudio sobre estigma y discriminación en los servicios de salud a las mujeres trabajadoras sexuales en América Latina y el Caribe. Nicarágua, 2013. Disponível em https://www.redtrasex.org/IMG/pdf/peru_-_estudio_de_estigma_y_discriminacion.pdf. Acesso em 15/03/2019.
RUBIN, Gayle. “Pensando o Sexo: Notas para uma Teoria Radical das Políticas da Sexualidade”. Cadernos Pagu, n. 21, p. 01-88, 2003. Disponível em https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332003000200009. Acesso em 11/11/2020.
SEGATO, Rita Laura. Las estructuras elementales de la violencia: Ensayos sobre género entre la antropología, el psicoanálisis y los derechos humanos. Buenos Aires: Prometeo, 2010.
SMART, Carol. Feminism and the power of law. Nova Iorque: Routledge, 1989.
SMART, Carol. Woman, crime and criminology: A feminist critique. Nova Iorque: Routledge, 1977.
WERNECK, Jurema; IRACI, Nilza. “A situação dos direitos das mulheres negras no Brasil: violências e violações”. Criola-Geledés, São Paulo, 2016. Disponível em http://fopir.org.br/wp-content/uploads/2017/01/Dossie-Mulheres-Negras-.pdf. Acesso em 15/03/2019.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Revista Estudos Feministas
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
La Revista Estudos Feministas está bajo licencia de la Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite compartir el trabajo con los debidos créditos de autoría y publicación inicial en este periódico.
La licencia permite:
Compartir (copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato) y/o adaptar (remezclar, transformar y crear a partir del material) para cualquier propósito, incluso comercial.
El licenciante no puede revocar estos derechos siempre que se cumplan los términos de la licencia. Los términos son los siguientes:
Atribución - se debe otorgar el crédito correspondiente, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se han realizado cambios. Esto se puede hacer de varias formas sin embargo sin implicar que el licenciador (o el licenciante) haya aprobado dicho uso.
Sin restricciones adicionales - no se puede aplicar términos legales o medidas de naturaleza tecnológica que restrinjan legalmente a otros de hacer algo que la licencia permita.