Gender Discourses in My Name is Ray: Deconstructing Identities, Binarisms and Hierarchies

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n371181

Abstract

In the present work, the authors propose a reading exercise of the movie My Name is Ray (Gaby Dellal, 2015), questioning the identity and relationship with the binarism and hierarchy placed in the sexuality/gender pair. The movie addresses the process of gender transition of adolescent Ray. Deconstruction is used as an analytical reference, as proposed by Jacques Derrida. It is the effort to problematize hegemonic modes of subjective production considering the reversal and displacement movements. The article aims to problematize the body and gender’s constitution as crossed by the dominant modes of subjectivation, and discusses the terms of identification available to those that escape the heteronormativity proposed by Butler. It is also emphasized the need for depathologization of trans identities regarding the publication of the most recent update of the CID-11.

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Author Biographies

Djenifer Samantha Marx, Universidade Federal de Santa Catarina

Djenifer Samantha Marx (djeni.marx@hotmail.com) é psicóloga formada pela Universidade Federal de Santa Catarina. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina. Pesquisadora vinculada ao Núcleo de Estudos e Ações em Gênero, Educação, Mídia e Subjetividade (NUGEMS - UFSC). Tem interesse nas temáticas: relações de gênero, feminismo, mídia e subjetividade.

Mériti de Souza, Universidade Federal de Santa Catarina

Mériti de Souza (meritisouza@yahoo.com) é doutora em Psicologia Clínica - PUCSP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Pós-Doutorado no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Professora e Orientadora de Tese no PPGP da UFSC. Membro do Núcleo de Pesquisa Margens da UFSC e do Núcleo de Pesquisa LAPCIP da UFSC. Pesquisadora e autora de livros e artigos nas áreas da subjetividade, diferença, pós-estruturalismo, sofrimento psíquico, desconstrução, inconsciente, violências.

Raquel de Barros Pinto Miguel, Universidade Federal de Santa Catarina

Raquel de Barros Pinto Miguel (raquelbarros@hotmail.com) é doutora em Ciências Humanas pela UFSC. Pós-Doutora pela Université Paris Diderot - Paris 7. Docente e Orientadora no PPGP da UFSC. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Ações em Gênero, Educação, Mídia e Subjetividade (NUGEMS) da UFSC e membro do LAPEE (UFSC), IEG (UFSC) e Laboratoire Identités, Cultures, Territoires (Université Paris Diderot - Paris 7). Desenvolve pesquisas nas áreas de relações de gênero, feminismo, educação, mídia, subjetividade, juventude, história das mulheres.

Rayza Alexandra Aleixo Francisco, Universidade Federal de Santa Catarina

Rayza Alexandra A. Francisco (contatorayzaalexandra@gmail.com) é psicóloga pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina. Pesquisadora vinculada ao Laboratório de Informação e Orientação Profissional (LIOP - UFSC). Pesquisa desenvolvimento de carreira de mulheres em áreas científicas e tecnológicas. Tem interesse nas temáticas: relações de gênero, feminismos, educação, trabalho, subjetividade.

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Published

2021-12-10

How to Cite

Marx, D. S., Souza, M. de, Miguel, R. de B. P., & Francisco, R. A. A. (2021). Gender Discourses in My Name is Ray: Deconstructing Identities, Binarisms and Hierarchies. Revista Estudos Feministas, 29(3). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n371181

Issue

Section

Articles