A Teoria Antropológica do Didático auxiliando a compreender as mudanças do sistema de ensino e do sistema didático e suas dificuldades de implementação
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2024.e98822Palavras-chave:
Praxeologia, Ecologia, CompetênciaResumo
Neste estrato de pesquisa, apresentamos uma parte do estudo sobre como as mudanças do sistema de ensino dificultam a implementação do sistema didático, tratando, mais especificamente, da falta de interlocução entre os responsáveis pelos níveis superiores de coderterminação didática, quando se considera a escala de codeterminação e se observa que professores e estudantes, ao apresentarem os protagonistas que irão fazer funcionar o sistema didático, em geral, não participam dos níveis superiores e respondem apenas pelos temas e tópicos dos níveis inferiores, o que conduziu Chevallard a oferecer um exemplo de como os professores podem remediar essa situação. Além disso, nós nos apoiamos na Teoria Antropológica do Didático (TAD) para mostrar as dificuldades vivenciadas por professores e estudantes em fazer funcionar a nova organização escolar e o novo currículo, em particular para o Ensino Médio, pois as mudanças foram realizadas sem a participação deles, o que tende a criar uma tensão entre aqueles que precisam fazer funcionar as novas orientações e o que determinam os documentos oficiais. Observamos que é preciso readequar os documentos às necessidades da sociedade e propor cursos de formação para os professores, pois a passagem da abordagem por objetivos para a abordagem por competências exige novos conhecimentos que, em geral, não são discutidos nem têm sido objeto de reflexão nos cursos de formação inicial e contínua de professores.
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