A Fifa, a democracia e a soberania: tensões e paradoxos
DOI:
https://doi.org/10.5007/2177-7055.2015v36n70p211Resumo
http://dx.doi.org/10.5007/2177-7055.2015v36n70p211
O artigo parte das declarações de dirigentes da FIFA no contexto das manifestações de junho de 2013, segundo as quais a democracia representaria obstáculo para a realização da Copa do Mundo. Busca-se analisar ainda o suposto “território FIFA” na Lei Geral da Copa. O objetivo é refletir sobre esses dois aspectos a partir das tensões geradas na modernidade entre a realização das promessas de soberania e de democracia e as pressões advindas das forças de mercado notadamente volúveis e imprevisíveis. As manifestações políticas podem ser entendidas como reação à privatização da esfera pública e a lembrança de que a fixação de “territórios” pode também ser oportunidade de encontro e de exercício do dissenso.