Mulheres e política no México e no Brasil

Autores

  • Luis Antonio Corona Nakamura Universidade de Guadalajara
  • Eneida Desiree Salgado Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5007/2177-7055.2020v41n85p112

Resumo

Apesar dos avanços no reconheci-mento dos direitos das mulheres, elas ainda são vítimas de violências cotidianas. As normativas nacionais e internacionais sobre igualdade de gênero e promoção da participação política feminina tiveram baixo impacto na sub-representação dessa minoria. O Direito produzido sem uma parcela da cidadania carece de legitimidade democrática. México e Brasil têm uma história similar de exclusão das mulheres na esfera pú-blica, mas apresentam atualmente estratégias distintas para superar esse déficit democrático. O artigo, com uma metodologia descritiva, apre-senta a história e a situação atual nos dois países. Conclui-se que há diferentes caminhos para incrementar a representação de mulheres na política, mas a paridade é exigência de justiça.

Referências

ALEJANDRE RAMÍREZ, G. L.; TORRES ALONSO, E. El Primer Congreso Feminista de Yucatán 1916:el camino a la legislación del sufragio y reconocimiento de ciudadanía a las mujeres – Construcción y Tropiezos. Estudios Políticos, Universidad Nacional Autónoma de México, n. 39, 2016.

ALENCAR, J. de. Uma tese constitucional: a Princesa Imperial e o Príncipe Consorte no Conselho de Estado. Rio de Janeiro: Livraria Popular, 1867.

ALONSO DÁVILA, I. Las mujeres francesas exigieron el sufragio universal: ¿Lo enseñamos en historia? Madrid: Clio & Asociados, 1997.

BLACK, Henry Campbell; GARNER, Bryan. Black’s Law Dictionary.Bryan A. Garner, Editor in Chief. Tenth edition. St. Paul, MN: Thomson Reuters, 2014.

BLANCO, O. Olimpia de Gouges(1748-1793). Madrid: Ediciones del Orto, 2000.

BONIFAZ ALFONZO, L. El principio de paridad en las elecciones: aplicación, resultados y retos. México: Suprema Corte de Justicia de la Nación, 2016.

CAMPOS, Ligia Fabris. Litígio estratégico para igualdade de gênero: o caso das verbas de campanha para mulheres candidatas. Rev. Direito Práx., Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 593-629, março de 2019.

CORONA NAKAMURA, L. A. La justicia como paridad de género. México: Editorial Porrúa, 2019.

DE MIGUEL, Ana. Los Feminismos. In: AMORÓS, Celia (dir.). Diez palabras clave sobre mujer. Pamplona: Verbo Divino, 2000. p. 217-256.

FOX, Richard L.; LAWLESS, Jennifer L. Gendered Perceptions and Political Candidacies: a Central Barrier to Women’s Equality in Electoral Politics. American Journal of Political Science, [S.l.],v. 55, n. 1, p. 59-73, January 2011.

FRASER, Nancy. From redistribution to recognition? Dilemmas of justice in a ‘postsocialist’ age. New Left Review, [S.l.],v. 212, p. 68-93, 1995.

FREIDENBERG, Flavia; DEL VALLE PÉREZ, Gabriela (ed). Cuando hacer política te cuesta la vida: estrategias contra la violencia política hacia las mujeres en América Latina. México: IIJ, UNAM, Tribunal Electoral de la Ciudad de México, 2017.

GONZÁLEZ OROPEZA, M. El sufragio de las mujeres: ¿Igualdad política por decreto o por convicción? Quid Juris, [S.l.], v. 23, p. 15-58, 2014.

IIDH – INSTITUTO INTERAMERICANO DE DERECHOS HUMANOS Y TRIBUNAL ELECTORAL DEL PODER JUDICIAL FEDERAL (IIDH y TEPJF). Diccionario Electoral. Costa Rica, México: Tomo I, A-K, 2017.

IIHR – INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDIOS HISTÓRICOS DE LA REVOLUCIÓN MEXICANA. Hermila Galindo: biografías para niños. México: [s.n], 1995.

INSTITUTO NACIONAL PARA EL FEDERALISMO Y EL DESARROLLO MUNICIPAL. Conmemoramos 64 años del voto de la mujer en México. México: [s.n.], 2019.

KARAWEJCZYK, Mônica. O Voto Feminino no Congresso Constituinte de 1891: primeiros trâmites legais. In: XXVI SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – ANPUH. São Paulo, julho de 2011. Anais [...]. São Paulo, 2011.

KREUZ, Leticia; SALGADO, Eneida Desiree. Estratégias eleitorais para aumento da representação de mulheres: experiências estadunidense e brasileira de apoio a candidaturas femininas. In: BERTOTTI, Bárbara Mendonça et al. (org). Gênero e Resistência: memórias do II Encontro de Pesquisa por/de/sobre Mulheres. Porto Alegre: Editora Fi, 2019. p. 91-112.

MONROE, Julie A. A Feminist Vindication of Mary Wollstonecraft. Iowa Journal of Literary Studies, [S.l.], v.8, p. 143-152, 1987. PECES-BARBA, G.; ROIG, R.; BARRANCO AVILÉS, M. Lecciones de Derechos Fundamentales. Madrid: Dykinson, 2004.

PITKIN, Hanna F. The concept of representation. Berkeley: University of California Press, 1972.

RAMÍREZ, G. La declaración de derechos de la mujer de Olympe de Gouges 1791: ¿Una declaración de segunda clase? 2015.

RAWLS, J. La justicia como equidad: una reformulación. Barcelona: Paidós, 2015.

SALGADO, Eneida Desiree; CALEFFI, Renata. Cotas e representação uma proposta. Gazeta do Povo, Curitiba, May 4, 2015.

SALGADO, Eneida Desiree; GUIMARÃES, Guilherme Athaide; MONTE-ALTO, Eric Vinicius Lopes Costa. Cotas de gênero na política: entre a história, as urnas e o parlamento. Gênero & Direito, Universidade Federal da Paraíba, 2015.

SCHWARZER, Alice. As feministas são piratas. In: SOLIZ, Neusa. (org.). A mulher no século XXI: um estudo de caso, a Alemanha. Tradução de Neusa Soliz. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo; São Paulo: Instituto Goethe, 1988. p. 136-145.SENADO FEDERAL. Anais do Império. [S.l.: s.n.], 1867. Livro 1.SILVA, Lianzi dos Santos. Mulheres em Cena: as novas roupagens do primeiro damismo da Assistência Social. 155 p. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.

VALCÁRCEL, A. La política de las mujeres: Feminismos. Madrid: Cátedra Universitat de València, 1997.

VALLES RUIZ, R. M. Hermila Galindo: ideas y acción de una feminista ilustrada. [S.l.]: Ciencia Universitaria, 2011.VARELA, N. Feminismo para principiantes. Barcelona: Penguin Random House Grupo Editorial, 2019.

WOLLSTONECRAFT, Mary. A Vindication of the Rights of Woman: with Strictures on Political and Moral Subjects. [S.l.]: United Kingdom, 1792.

Publicado

2020-11-05

Como Citar

NAKAMURA, Luis Antonio Corona; SALGADO, Eneida Desiree. Mulheres e política no México e no Brasil. Seqüência Estudos Jurídicos e Políticos, Florianópolis, v. 41, n. 85, p. 112–134, 2020. DOI: 10.5007/2177-7055.2020v41n85p112. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/75372. Acesso em: 29 mar. 2024.