Biopolítica e soberania na pós-modernidade: Foucault e a crise do Estado-nação como questão para um diagnóstico do presente
DOI:
https://doi.org/10.5007/2177-7055.2009v30n58p131Resumo
http://dx.doi.org/10.5007/2177-7055.2009v30n58p131
Este texto visa a desenvolver uma reflexão sobre o presente a partir da crítica da razão política desenvolvida por Michel Foucault no encalço das formas de racionalidade da economia geral do poder na história do Ocidente. Neste sentido, discorre sobre a reflexão foucaultiana, considerando sua atualidade, os modelos de análise do poder por ela constituídos e as críticas que põem em questão tais modelos no que tange em especial a esta alegada atualidade. Referidos modelos, indicativos do biopoder, configuram uma oposição à concepção tradicional do poder moderno, juridicamente estruturada em torno da noção de soberania. Por fim, com base neste deslocamento interpretativo, aborda-se a relevância da crise do Estado-nação como um dos acontecimentos que introduz a diferença contemporânea, com seus perigos e sua potencialidade.