Poética do movimento & tradução: o caso de Strawberry Fields Forever de Richard Zimler
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2017v37n1p18Resumo
Este artigo debruça-se sobre um romance com uma complexa história de publicação: Strawberry Fields Forever de Richard Zimler.Sendo uma narrativa sobre migrantes, o seu trajeto de publicação constitui por si só uma história de migração. Em 2011, Zimler decidiu publicar um livro – Strawberry Fields Forever. Em 2012, o livro estava paginado e pronto para a gráfica. Porém, a Arcadia Books abriu falência, e o livro ficaria por publicar. Em 2011, José Lima traduziu o romance para português europeu com o título Ilha Teresa. Numa nota de tradutor, Lima discute a tradução como forma de “traição consentida”. Assim, a tradução cria um excesso de significado que depende da língua e da experiência de chegada. Embora não constitua propriamente novidade, este excesso resulta, neste caso, do fenómeno da “sobretraduzibilidade”. Esta história de publicação complica-se quando a tradução é exportada para o Brasil, após ter sido “traduzida” para português do Brasil. Abordo aqui diferentes modos de migração que esta tradução coloca: (1) migração como história; (2) migração como forma; (3) tradução como trânsito; (4) migração textual como desafio a conceitos tradicionais – uma vez que o “original” não está publicado, as traduções são, de forma radical, os únicos textos que existem.
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