O Rio Tradução
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2021.e77237Resumo
O presente artigo consiste em uma contribuição teórica nos campos dos estudos da tradução, estudos pós coloniais e literaturas africanas. Toma por base o início do romance The River between, do escritor queniano Ngugi Wa T’hiongo, e algumas considerações feitas por estudiosos como Edward Said e Conceição Lima, propondo uma forma de pensar as relações entre línguas nativas africanas e as línguas das metrópoles imperiais nas literaturas africanas que problematize a celebração dos hibridismos diaspóricos. Para tal, recorre aos ensaios Decolonising the Mind, também de autoria de T’hiongo, e “Tradução e Cultura”, de Gayatri Spivak, no sentido de elaborar a imagem do “Rio tradução”, isto é, um lugar de encontros, trânsitos e deslocamentos, mas também de “sobrevida”, ou fortleben, para usar o termo de Walter Benjamim.
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