Satyricon e tradução poética: traduções brasileiras perante sutilezas cruciais da poesia de Petrônio.
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2008v2n22p107Resumo
Habilidosas apropriações de gêneros populares da Antigüidade agregadas a uma exploração contestadora do cânone greco-romano da época em que Satyricon foi escrito reforçam a tese de que a obra de Petrônio seja antes um ambicioso projeto literário do que uma reação moralizante à idade de Nero. Segundo alguns estudos recentes de teóricos como Connors, Conte e Panayotakis, a combinação de prosa e verso em Satyricon é, por exemplo, inusitada e sofisticada. A exploração de vários níveis de manipulação da linguagem e a complexa rede de trocadilhos evidenciadas por tais autores, ao invés de serem somente detalhes que enriquecem o texto, constituem em alguns casos o principal trabalho literário existente nele e implicam um cuidado redobrado ao tradutor. Por inspiração de tais estudos e das teorias da tradução de Mounin, Berman e Britto, neste trabalho quatro traduções do primeiro dos poemas que surgem em meio à narrativa de Satyricon são levadas a análise e submetidas a crítica.
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