A tradução criativa de Paulo Leminski do carpe diem horaciano
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2019v39n2p71Resumen
O presente trabalho estuda e divulga o “projeto tradutório” do poeta e tradutor curitibano Paulo Leminski, com enfoque nas traduções que este realizou de textos da tradição greco-romana. Como pode ser constatado na leitura de sua biografia e como pode ser recorrentemente percebido nos temas que frequentam sua obra, o autor foi um conhecedor e divulgador da Língua e da Literatura Latina. Estudado inicialmente no mosteiro São Bento, na cidade de São Paulo, esse idioma antigo constituiu uma importante fonte criativa revisitada e repensada durante toda sua carreira literária. Além de traduções feitas diretamente do Latim como as da Ode I, 11, de Horácio (1984), e do Satyricon, de Petrônio (1985), o trabalho com textos literários latinos também pode ser encontrado em obras como Metaformose e Catatau. Neste estudo, daremos uma atenção especial à tradução realizada por Leminski da ode Horaciana em seu diálogo com a tradução do mesmo poema realizada por seu amigo e principal referencial teórico, o poeta Augusto de Campos. Destacaremos, portanto, as principais características de cada tradução e as coincidências e diferenças existentes entre elas, pautando-nos na teoria da tradução como recriação, advinda dos ideais poundianos do make it new.
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