Infância e diversidade cultural: uma reflexão sobre o filme “Babies"
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2014n30p116Resumo
O presente texto tem como objetivo promover uma reflexão sobre os aspectos culturais no desenvolvimento da infância caracterizado no filme “Babies” (2010), no qual é acompanhado o crescimento de quatro bebês de nacionalidades diferentes até completarem um ano de vida. A reflexão vale-se das concepções de infância de acordo com Campos (2008), Carvalho (2010), Christensen (2005), Corsaro (2009), Javeau (2005), Kohan (2003) e Sarmento (2004), as quais foram relacionadas aos aspectos do filme. Este texto está, ainda, constituído por dois eixos: cada um corresponde aos bebês representados em um espaço rural - Bayar na Mongólia e Ponijao em Namíbia -; e em um espaço urbano - Hattie nos Estados Unidos e Mari no Japão. O filme é atemporal e é um retrato da infância de múltiplas nacionalidades, no qual a diversidade cultural faz parte da narrativa, demonstrando estímulos e hábitos de infâncias tão comuns, e ao mesmo tempo, tão diferentes. Por meio dele temos à disposição uma exemplificação de aspectos teóricos vistos na prática, além de nos remeter a uma experiência estética. “Babies” dá uma aula de observação de crianças e revela como devem ser levados em conta os aspectos culturais e todo contexto que envolve esses indivíduos quando são considerados sujeitos de uma pesquisa.
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