Infância e diversidade cultural: uma reflexão sobre o filme “Babies"

Autores

  • Ana Carolina Rocha Carneiro Universidade do Vale do Itajaí - Univali

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4512.2014n30p116

Resumo

O presente texto tem como objetivo promover uma reflexão sobre os aspectos culturais no desenvolvimento da infância caracterizado no filme “Babies” (2010), no qual é acompanhado o crescimento de quatro bebês de nacionalidades diferentes até completarem um ano de vida. A reflexão vale-se das concepções de infância de acordo com Campos (2008), Carvalho (2010), Christensen (2005), Corsaro (2009), Javeau (2005), Kohan (2003) e Sarmento (2004), as quais foram relacionadas aos aspectos do filme. Este texto está, ainda, constituído por dois eixos: cada um corresponde aos bebês representados em um espaço rural - Bayar na Mongólia e Ponijao em Namíbia -; e em um espaço urbano - Hattie nos Estados Unidos e Mari no Japão. O filme é atemporal e é um retrato da infância de múltiplas nacionalidades, no qual a diversidade cultural faz parte da narrativa, demonstrando estímulos e hábitos de infâncias tão comuns, e ao mesmo tempo, tão diferentes. Por meio dele temos à disposição uma exemplificação de aspectos teóricos vistos na prática, além de nos remeter a uma experiência estética. “Babies” dá uma aula de observação de crianças e revela como devem ser levados em conta os aspectos culturais e todo contexto que envolve esses indivíduos quando são considerados sujeitos de uma pesquisa.

Biografia do Autor

Ana Carolina Rocha Carneiro, Universidade do Vale do Itajaí - Univali

Mestranda em Educação no Programa de Pós Graduação em Educação (PPGE) da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Linha de Pesquisa Cultura, Tecnologia e Aprendizagem. Bolsista CAPES. Graduada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Itajaí, Santa Catarina, Brasil.

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Publicado

2014-08-26