A importância da brincadeira de faz de conta na educação infantil: sob o olhar de professoras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4512.2019v21n39p67

Resumo

Este artigo é um recorte de uma pesquisa de mestrado em educação que teve como objetivo principal investigar as contribuições de uma Brinquedoteca Universitária, criada na Universidade de Pernambuco, com o intuito de promover Formação Continuada para professores/as da Educação Infantil e também atender a crianças desse nível de escolarização, oferecendo-lhes experiências brincantes. O recorte aqui apresentado baseia-se nas concepções de professoras da Educação Infantil, refletindo sobre as contribuições da brincadeira de faz de conta para as crianças e para a prática pedagógica, a partir de uma das formações continuadas desenvolvidas na Brinquedoteca Universitária. Através da pesquisa-ação, foi possível concluir que a brincadeira de faz de conta contribui para a aprendizagem e o desenvolvimento da criança da Educação Infantil de forma imaginativa e criativa e que exerce, na prática pedagógica de professores/as, uma mais-valia pedagógica no que toca à necessária interação entre o brincar e o aprender.


Biografia do Autor

Isadhora Araújo Lucena Silva, Universidade de Pernanbuco

Mestra em Educação pela Universidade de Pernambuco - UPE. Especialista em Supervisão Escolar e Gestão Pedagógica e Graduada em Pedagogia pela mesma instituição de ensino superior. Técnica em Meio Ambiente pelo Instituto Federal de Ciência e Tecnologia - IFPE. Professora Substituta da Escola de Educação Básica - EEBAS da Universidade Federal da Paraíba - UFPB. Pesquisadora do Grupo de Pesquisas Interdisciplinares em Formação de Professores, Política e Gestão Educacional e do Grupo de Pesquisas: O lugar da interdisciplinaridade no discurso de Paulo Freire - UPE. Promove formações continuadas através de oficinas pedagógicas, minicursos e palestras sobre o brincar, as brincadeiras e a brinquedoteca.

Maria de Fátima Gomes da Silva, Universidade de Pernambuco

Professora Associada/Livre-Docente da Universidade de Pernambuco. Doutora em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto(2004),com bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal-FCT.Realizou estágio pós-doutoral na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto(2008-2011),com bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal-FCT. Licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal de Pernambuco (1989) e em Letras (Vernáculo e Francês) pela Universidade Católica de Pernambuco (1983). É coordenadora do subprojeto Pibid de Pedagogia- Universidade de Pernambuco-Campus Mata Norte.Foi professora colaboradora da Universidade da Ilha da Madeira-Portugal, no âmbito do doutoramento em Ciências da Educação, especialidade de Inovação Pedagógica de 2005 a 2011. Líder do Grupo de Pesquisas Interdisciplinares em Formação de Professores, Política e Gestão Educacional e do Grupo de Pesquisas: O lugar da interdisciplinaridade no discurso de Paulo Freire. É coordenadora do Laboratório Pedagógico Brinquedoteca Universitária da Universidade de Pernambuco- Campus Mata Norte. Exerceu a função de coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Pernambuco no período de agosto de 2014 a março de 2019. Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Pernambuco-PPGE-UPE. Docente permanente do Doutorado Acadêmico da Rede Rede Nordeste de Ensino-RENOEN em associação com a UFRPE, UFS,UFAL, UEPB, UFC, IFCE, UESB. Docente permanente do Mestrado em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável (GDLS) da Faculdade de Administração e Direito da Universidade de Pernambuco - FCAP-UPE. Exerceu a função de Vice-Coordenadora do Fórum dos Coordenadores de Pós-Graduação em Educação da Região Nordeste/ FORPRED/ Nordeste de 2015 a 2019. Foi gerente da Educação de Jovens e Adultos na Secretária de Educação do Estado de Pernambuco (2011). Tem larga experiência na elaboração de projetos científicos. Foi chefe de departamento do Curso de Pedagogia da Universidade de Pernambuco-Campus Mata Norte (1997-1999). Atuou em todas as etapas da Educação Básica, inclusive como coordenadora pedagógica. Tem experiência na área de Educação atuando, principalmente, nas seguintes áreas: formação de professores; práticas docentes; estudos transdisciplinares e interdisciplinares; estudos sobre brinquedos e brincadeiras; educação infantil; pedagogia freiriana e formação de pessoas para o desenvolvimento local sustentável.

Referências

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70 - Brasil, 2011.

BOMTEMPO, E. A brincadeira de faz-de-conta: lugar do simbolismo, da representação, do imaginário. In: KISHIMOTO, T. M. (Org.). Jogo, brinquedo e a educação. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2011,. p. 57-71.

BRASIL. Mistério da Educação. Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 23 dez. 1996.

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Ensino de ciências: fundamentos e métodos. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2009.

FORTUNA, T. R. Sala de aula é lugar de brincar? In: XAVIER, M. L. M.; ZEN, M. I. H. D. (Org.). Planejamento em destaque: análises menos convencionais. 4. ed. Porto Alegre: Mediação, 2000. p. 147-164.

FORTUNA, T. R. A formação lúdica do educador. In: MOLL, J. (Org.). Múltiplos alfabetismo: diálogos com a escola pública na formação de professores. Porto Alegre: Editora da UFGRS, 2005. p. 107-121.

KISHIMOTO, T. M. A brinquedoteca no contexto educativo brasileiro e internacional. In: OLIVEIRA, V. de. (Org.). Brinquedoteca: uma visão internacional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. p. 15-35.

KITSON, N. “Por favor, Srta. Alexander: você pode ser o ladrão?” O brincar imaginativo: um caso para a intervenção adulta. In: OYLES, J. R. (Org.). A excelência do brincar: a importância da brincadeira na transição entre Educação Infantil e os anos inicias. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 108-120.

LEONTIEV, A. N. Os princípios psicológicos da brincadeira pré-escolar. In: VYGOTSKY, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. (Org.). Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 14. ed. São Paulo: Ícone: Editora da Universidade de São Paulo, 2016. p. 119-142.

MINAYO, M. C. de S. O desafio da pesquisa social. In: DESLANDES, Suely F.; GOMES, R.; MINAYO, M. C. de S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016. p. 09-29.

MOYLES, J. R. Só brincar? O papel do brincar na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.

MOYLES, J. R. Introdução. In: MOYLES, J. R. A excelência do brincar: a importância da brincadeira na transição entre Educação Infantil e anos iniciais. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 11-21.

OLIVEIRA, E. M. R. de.; RUBIO, J. de A. S.. O Faz de Conta e o Desenvolvimento Infantil. Revista Eletrônica Saberes da Educação, FAC São Roque, São Roque-SP, v. 4, n. 1, 2013. Disponível em: <http://docs.uninove.br/arte/fac/publicacoes/pdf/v4-n1-2013/Elisangela.pdf>. Acesso em: 15 set. 2017.

PIAGET, Jean. A formação do símbolo da criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.

RICHARDSON, Roberto; RODRIGUES, Luiz A. R. Investigação e Intervenção na Gestão Escolar/Metodologia do Trabalho Científico. In: Curso de Especialização em Gestão e Avaliação da Educação Pública. Módulo III. Recife, 2013.

SMITH, P. K. O brincar e os usos do brincar. In: MOYLES, Janet R. (Org.). A excelência do brincar: a importância da brincadeira na transição entre Educação Infantil e os anos inicias. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 25-38.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-ação. 18. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

VIEIRA, E. Oficina de ensino? O quê? Por quê? Como? 4. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

Downloads

Publicado

2019-03-27