(In)visibilidade negra e cultura visual: chapeuzinho vermelho negra e lobo mau branco
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2023.e90703Palavras-chave:
Cultura Visual, Infância, Racismo, Imagem, EducaçãoResumo
Filmes, novelas, brinquedos, publicidades, literatura e demais artefatos da cultura visual, quando elaborados a partir de valores racistas, conferem violências às existências negras. Interessamo-nos, pois, por buscar artefatos que positivem as estéticas e experiências características das negritudes. A partir disso, esse artigo objetiva problematizar os aspectos racistas atrelados à educação conferida pela cultura visual endereçada às infâncias. Para isso, adota, primeiro, uma abordagem bibliográfica e, depois, analítica/documental, ambas respaldadas nos estudos da cultura visual. Num primeiro tópico, sustenta-se em outras elaborações acadêmicas, a partir das quais destacam os aspectos educativos e pedagógicos das imagens. A discussão é direcionada aos significados que, visualmente, são ensinados no que tange às relações étnico-raciais. Em seguida, analisa a obra literária Chapeuzinho Vermelho (2016) de Daniel Wu, a partir de procedimentos metodológicos advindos do mesmo campo de investigação. Considera-se inusitada a caracterização visual feita sobre bem e mal e positivo o protagonismo atribuído à personagem negra.
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