Parentalidade fraturada na primeira infância: um estudo sobre o abandono e o acolhimento, em Araguaína – TO
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2024.e94978Palavras-chave:
Parentalidade, Abandono, Primeira Infância, Araguaína-TOResumo
A primeira infância pode ser compreendida como a principal fase da vida de um sujeito e rupturas no cuidado afetam o desenvolvimento. Este artigo propõe-se a expor os perfis dos bebês e das crianças de até seis anos de idade, acolhidas em uma instituição pública que atua como abrigo temporário, em Araguaína-TO. Filiados a psicanálise, conceituou-se o termo parentalidade para, seguidamente, delinear um retrato da ruptura do laço vivenciado. A análise ocorreu por meio da estatística descritiva e da inferencial de dois tipos de documentos: (i) Controle de Entrada dos Acolhidos e (ii) Fichas do Acolhimento, entre os anos de 2008 a 2021, totalizando 352 crianças. Como resultado foi possível identificar a incidência de idades, motivos de acolhimento, configuração familiar, entre outros fatores. A delineação do perfil das relações permite pensar em políticas adequadas para esse público, a fim de prevenir e mitigar danos à infância.
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