Who are the Infants’ racial peers in the Early Childhood Education and Care?

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4512.2024.e99290

Keywords:

Education of Ethnic-Racial Relations., Racial Socialization, Early childhood education, Infancy, Toddlers, Anti-Racist Education, Education of Ethnic-Racial Relations

Abstract

 

This article aims to develop and explore the concept of racial peers and their role in racial socialization, focusing on babies from different racial groups in public daycare centers in the interior of São Paulo, Brazil. The methodology includes the analysis of data relating to enrollment in daycare centers by race, extracted from the Education Statistics Synopsis -MEC/INEP, dialogues with literature in the area, observations of white, black, mixed-race and indigenous babies in three daycare centers. Analysis of everyday scenes recorded through field diaries, photos and videos. The results indicate that the pairs of babies and very young children who attend daycare in the Brazilian southeast region will probably be mostly white and mixed-race, or racial undeclared babies and teachers. If there are other babies in the class with the same racial profile, or with a similar profile (in the case of black and mixed-race people, or indigenous people of different ethnicities), it is possible for these babies to establish relationships with each other and also act in the racial socialization of their peers, which may allow at some point, the feeling of racial belonging that is built throughout life.

Author Biographies

Gabriela Tebet, State University of Campinas (UNICAMP)

Pedagogue. Master and Ph.D. in Education from the Federal University of São Carlos - UFSCar
Associate Professor at the State University of Campinas - UNICAMP

Department of Social Sciences in Education

Graduate Program in Education.

INDDHU Research Group - Children, Differences, and Human Rights

Post-Doctoral Researcher at the Faculty of Philosophy, Sciences, and Letters of Ribeirão Preto, USP.

Katia de Souza Amorim, University of São Paulo

Professora titular pela Universidade de São Paulo (USP), possui graduação pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (1983), mestrado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1997) e doutorado em Saúde Mental pela Universidade de São Paulo (2002). Fez doutorado sandwich com Prof. Jaan Valsiner (Clark University) e foi professora visitante na Utah University, onde trabalhou com Prof. Alan Fogel. Atualmente é professora Titular da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - USP, trabalhando na área de Psicologia do Desenvolvimento Humano. Atua principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento de bebês e crianças pequenas, comunicação e significação, construção de vínculos, desenvolvimento, criança com e sem necessidades especiais, analisando os processos em diferentes contextos (casa, creche, instituição de acolhimento, família acolhedora e hospital). Iniciou trabalho de investigação em questões étnico-raciais na Educação Infantil. Tem sido coordenadora de projetos financiados pela FAPESP e CNPq. É coordenadora do CINDEDI (Centro de Investigações sobre desenvolvimento humano e educação infantil) e membro do GT da ANPEPP (Grupo sobre Contextos Sociais de desenvolvimento: aspectos evolutivos e culturais). É coordenadora (pela USP) de intercâmbio interinstitucional internacional com a Universidade de Tampere (Finlândia), em parceria com a Profa. Niina Rutanen. Faz parte de pesquisa internacional junto com cinco outros países (Escócia, Finlândia, EUA, Austrália e Nova Zelândia), sobre processos de transição quando bebês passam a frequentar uma creche, numa interlocução entre os campos de Psicologia do Desenvolvimento e da Educação Infantil.

References

AÇÃO EDUCATIVA (org.) Indicadores da qualidade na educação – relações raciais na escola – Antirracismo em movimento. 2. ed. São Paulo: Ação Educativa, 2023.

ALMEIDA, Vinicius Borges de; MOZZILLO, Isabella. Ideologias, políticas linguísticas familiares e bilinguismo: estudo de caso de uma família de descendentes de japoneses residentes em Pelotas, Rio Grande do Sul. HON NO MUSHI-ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES JAPONESES-ISSN 2526-3846, v. 5, n. 8, p. 103-117, 2020.

AMORIM, Katia de Souza. Linguagem, comunicação e significação em bebês. 2012. Tese (Livre Docência) Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. 2012. Disponível em <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/59/tde-03052019-103233/pt-br.php>. Acesso em: 15 fev. 2023.

AMORIM, Kátia de Souza; ANJOS, Adriana Mara dos; ROSSETTI-FERREIRA, Maria Clotilde. Processos interativos de bebês em creche. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 25, p. 378-389, 2012.

AZEVEDO, Celia Maria Marinho de. A luta contra o racismo e a questão da identidade negra no Brasil/The fight against racism and the issue of the black identity in Brazil. Contemporânea-Revista de Sociologia da UFSCar, v. 8, n. 1, p. 163-163, 2018.

BENTLEY, Keisha Leanne; ADAMS, Valerie N.; STEVENSON, Howard Carlton. Racial socialization. Handbook of African American psychology, v. 255, 2008.

BENTO, Cida. O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

BENTO, Maria Aparecida da Silva. Branqueamento e Branquitude, IPUSP, São Paulo, 1997. Mimeografado.

BICUDO, Virgínia Leone. Atitudes raciais de pretos e mulatos em São Paulo. 2010. p. 189-189.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm>. Acesso em: 15 fev. 2019.

BRASIL. Câmara de Educação Básica, Conselho Nacional de Educação, Ministério da Educação. Resolução n. 05, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 dez. 2009.

BRASIL. Conselho Pleno, Conselho Nacional de Educação, Ministério da Educação. Parecer n.º 3, de 10 de março de 2004 - Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

BRASIL. Conselho Pleno, Conselho Nacional de Educação, Ministério da Educação. Resolução n.º 1, de 17 de junho de 2004 - Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 jun. 2004.

BRASIL. Câmara de Educação Básica, Conselho Nacional de Educação, Ministério da Educação. Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017. Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 dez. 2017.

BRASIL. Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010. Institui o Estatuto da Igualdade racial e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 jul. 2010. Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12288.htm>. Acesso em: 18 mar. 2024.

BRASIL. Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF,09 jan. 2003.

BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 mar. 2008.

BRONSON, Wanda C. Toddlers' behaviors with agemates: Issues of interaction, cognition, and affect. Abex Publishing Corporation, Norwood, NJ, 1981.

CARDOSO, Cintia. paridade racial como chave para desvelar as expressões da branquitude na educação infantil. UniLetras, v. 41, n. 2, p. 178-192, 2019.

CARONE, Iray. Breve histórico de uma pesquisa psicpssocial sobre a questão racial brasileira In: Carone, Iray e Bento, Maria Aparecida (orgs). Psicologia Social do Racismo. Estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. São Paulo: Ed. Vozes, 2014.

CAVALLEIRO, Eliane. Veredas das noites sem fim: socialização e pertencimento racial em gerações sucessivas de famílias negras. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2013.

CAVALLEIRO, Eliane. Do silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo, preconceito e discriminação na educação infantil. 4. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2018.

CORSARO, W. A. Sociologia da Infância. São Paulo: Artmed, 2011.

D’ÁVILA, Jerry. Diploma de brancura: política social e racial no Brasil, 1917-1945. São Paulo: Unesp, 2006.

DENTZ, Marisa von. Interação de pares de bebês em sua transição de casa para a creche. 2022.Tese (Doutorado em Ciências) – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2022.

FERNANDES, Florestan. Folclore e mudança social na cidade de São Paulo. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004. (Raízes). 494p.

GOMES, Nilma Lino. Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Autêntica Editora, 2019.

GONÇALVES, Ednéia; MAIA, Ana Paula; Oliveira, Waldete Tristão F. et al. Indicadores da qualidade na educação: relações raciais na educação infantil. São Paulo: Ação Educativa, 2023.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Valores da cultura japonesa na educação infantil. Humanidades & Inovação, v. 8, n. 68, p. 40-55, 2021.

LOCATELLI, Rosimar. Infância Indígena Apinayé e o processo das aprendizagens. 2022. Artigo (Especialização em Educação Infantil) – Curso de Pós-Graduação em Educação infantil, Universidade Federal do Tocantins, Tocantinopolis, 2022.

MANO, Andréia Hiromi. Para além deles e nós: a construção de identidades dos falantes de japonês como língua de herança e seus reflexos na paisagem linguística de Suzano. 2023. Dissertação (Mestrado em Filologia e Língua Portuguesa) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023.

MOTA, Juliana Graziéli B; NASCIMENTO, Silvana Jesus do; FERNANDES, Tanise de Oliveira. Bebês Kaiowá: da profecia da chegada às práticas de cuidado-afeto. No prelo.

MUNANGA, Kabengele. Negritude: Usos e sentidos. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Editora Perspectiva, 2016.

NASCIMENTO, Adir Casaro; BRAND, Antônio J.; AGUILERA URQUIZA, Antonio Hilario. Entender o Outro – A criança indígena e a questão da Educação Infantil. Reunião Anual da ANPEd, v. 29, p. 15-18, 2006.

OLIVEIRA, Eliana de. Relações raciais nas creches diretas do município de São Paulo. 1994. Dissertação (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1994.

OLIVEIRA, Fabiana de; ABRAMOWICZ, Anete. Infância, raça e "paparicação". Educação em Revista, v. 26, p. 209-226, 2010.

PINHONI Marina; CROQUER, Gabriel. Censo 2022: Pela 1ª vez, Brasil se declara mais pardo que branco; populações preta e indígena também crescem. Reportagem Portal G1. Economia. 22/12/2023 Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/censo/noticia/2023/12/22/censo-2022-cor-ou-raca.ghtml> Acesso em: 03 jan. 2024.

PRIEST, Naomi et al. Understanding the complexities of ethnic-racial socialization processes for both minority and majority groups: A 30-year systematic review. International Journal of Intercultural Relations, v. 43, p. 139-155, 2014.

RAMOS, Antônio Guerreiro. O problema do negro na sociologia brasileira. In: SCHWARTZMAN, S. (Org.). O pensamento nacionalista e os Cadernos de Nosso Tempo. Seleção e introdução de Simon Schwartzman. Brasília: Ed. Da UNB, 1979. (Biblioteca do Pensamento Político Republicano, 6). p. 39-69.

ROSEMBERG, Fúlvia. Expansão da educação infantil e processos de exclusão. Cadernos de pesquisa, n. 107, p. 7-40, 1999.

ROSEMBERG, Fúlvia. Raça e desigualdade educacional no Brasil. Diferenças e preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas, v. 5, p. 73-93, 1998.

SANTOS, Pamela Cristina dos. Saravá as cartinhas: relações sócio-raciais entre crianças negras e brancas na escola e no terreiro. 2019. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 2019.

SATTA, Caterina et al. Grupos de Pares = Peer Groups. In: Conceitos-chave em Sociologia da Infancia. Perspetivas Globais = Key concepts on Sociology of Childhood. Global Perspectives. UMinho Editora, 2021. p. 279-283.

SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o encardido, o branco e o branquíssimo: branquitude, hierarquia e poder na cidade de São Paulo. Veneta, 2016.

SILVÉRIO, Valter Roberto; TRINIDAD, Cristina Teodoro. Há algo novo a se dizer sobre as relações raciais no Brasil contemporâneo? Educação & Sociedade, v. 33, p. 891-914, 2012.

SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro: ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.

YONAHA, Tábata Quintana. O reconhecimento do Português Língua de Herança no Japão como um direito humano linguístico. Revista Horizontes de Linguistica Aplicada, v. 22, n. 2, p. DT3-DT3, 2023.

Published

2024-12-18