Cinema e gênero: “mulheres divinas” entre suas destinações e a política

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e84765

Palavras-chave:

Ordem divina, Feminismos, Formação, Gênero

Resumo

Este artigo pretende problematizar questões referentes ao filme “Ordem Divina” ou “Mulheres Divinas” dirigido por Petra Volpe. Abordaremos a partir de três caminhos as ressonâncias estéticas e políticas acerca do feminismo. O primeiro acerca do conceito de destino de mulher e as suas implicações políticas, tendo como interlocução conceitual o pensamento de Simone de Beauvoir e Virgínia Woolf; o segundo a relação entre a casa privada e a biblioteca, tendo a formação das mulheres uma importância fundamental. O terceiro abordamos as implicações das masculinidades e as ressonâncias apresentadas no filme.

Biografia do Autor

Alexandre Toaldo Bello, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Possui Doutorado e Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), vinculado à linha de pesquisa Educação, sexualidade e Relações de Gênero do PPGEDU/FACED. Especialista em Educação Infantil (PPGEDU/FACED/UFRGS), Graduado em Educação Física (ESEF/UFRGS). Professor no Centro de Ciências da Educação (CED), Departamento de Metodologia do Ensino (MEN), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na área de educação infantil. Atuou como Professor dos anos iniciais e Educação de Jovens e Adultos na Rede Municipal de Educação de Porto Alegre. Na Creche Farancesca Zacaro Faraco da UFRGS atuou como professor na Educação Infantil. Na Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul atuou como professor do ensino fundamental

Carolina Votto, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Florianópolis, Brasil

Possui Licenciatura em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (2006) e Mestrado em Artes Visuais, com ênfase em Teoria e História das Artes Visuais, pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2011). Atualmente cursa Doutorado em Educação com ênfase na linha de Filosofia da Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Filosofia da educação, história da arte, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação, formação de professores, filosofia da arte, estética, arte contemporânea, política e linguagem.

Referências

ARENDT, HANNAH. Liberdade para ser livre. – Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2018.

ALBUQUERQUE, Simone; FELIPE, Jane; CORSO, Luciana. (org.). Para Pensar a Docência na Educação Infantil. Porto Alegre: Evangraf, 2018. P. 236-248.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

BEAUVOIR, Simone. O segundo Sexo: Fatos e Mitos Vol I. – São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.

BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo: A experiência vivida Vol II.- São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.

BUTLER, Judith. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. In: Louro, G.L. (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001, p. 35-82.

FELIPE, Jane. Scripts de gênero, sexualidade e infâncias: temas para a formação docente. In: COSTA. Wanderson da S. O Partido dos Panteras Negras. Topoi (Rio J.), Rio de Janeiro, v. 16, n. 30, p. 359-364, jan./jun. 2015.

FRIEDAN, Betty. Mística Feminina. – Petrópolis: Editora Vozes Limitada, 1971.

HOMERO. ODISSÉIA. – São Paulo: Cosac Naify, 2014.

LISBOA, Nei. Por Aí. – Álbum Cena beatnik – selo Antídoto, da gravadora ACIT - Porto Alegre, 2001.

LOURO. Guacira Louro. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autentica, 2004.

LOURO. Guacira Louro. Gênero, Sexualidade e Educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

LOURO. Guacira Louro. Corpo, escola e identidade. Educação & realidade. Porto Alegre Vol. 25, n. 2 (jul./dez. 2000), p. 59-76.

SANT’ANNA, Denise Bernuzzi de. Descobrir o corpo: uma história sem fim. Educação e Realidade. Porto Alegre: FACED/UFRGS, v. 25, n. 2, jul./dez. 2000, p. 49 - 58.

SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica de Joan Scott. Educação & realidade. Porto Alegre Vol. 20, n. 2 (jul./dez. 1995), p. 71-99.

STEARNS, Peter N. História das relações de gênero. 2.ed. São Paulo, SP : Contexto, 2015.

WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. 1ª ed. São Paulo: Ed. Tordesilhas. 2014.

WOOLF, Virgínia. As mulheres devem chorar ou se unir contra a guerra: patriarcado e militarismo. 1ª ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.

Publicado

2022-10-27