Outros modos de palavrear: como nasce uma tese com crianças?
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2024.e98154Palabras clave:
Pesquisa, Criança, Ética, DevolutivaResumen
Para (des)informar e desenformar as palavras acostumadas à dureza da ciência, escolhemos narrar, como gênero literário, como nasce uma tese de pesquisa com crianças. Um exercício poético que nos fez performar com/em outras linguagens. Escolher narrar uma tese de doutorado emergiu como uma proposta de devolutiva da pesquisa para as crianças. Assim, buscamos compartilhar nas linhas desse artigo com apoio em Gonçalves (2018), modos de palavrear, por meio de um ensaio poético-científico. Para tanto, nos movemos no caminho de uma escrita em primeira pessoa a qual o narrador-personagem é a própria tese, o objeto que vira gente, num enredo em que se amalgamam poética e ciência. Nos arranjos de uma pesquisa científica até o momento de sua defesa, buscamos apresentar uma narrativa que diz respeito a como nasce uma tese de pesquisa com crianças e que, nessa esteira, nos mobiliza a pensar em como comunicar uma tese para crianças, a devolutiva para os sujeitos colaboradores da pesquisa.
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